Adams diz que TCU 'exagera' no rigor com contas públicas
Ministro-chefe da AGU diz que não vê lógica na alteração da forma de contabilizar passivos judiciais da Previdência
Questionado a respeito, Adams não soube explicar se as correções foram feitas. Segundo ele, a contabilidade é feita da mesma forma todos os anos e o TCU pode estar exagerando no rigor. "É uma coisa que sempre funcionou assim. Não sei qual é a lógica de exigir a mudança", afirmou. Para ele, o TCU pode estar "exagerando num tipo de exigência que não muda em nada a atividade contábil".
Até 17 de junho, o plenário do TCU dará parecer pela aprovação ou a reprovação das contas de 2014. Em seguida, enviará relatório ao Congresso, ao qual cabe julgá-las, sem prazo definido. A manifestação do tribunal serve de recomendação técnica aos congressistas, que podem segui-la ou não. Setores da oposição vêm defendendo que uma opinião da corte adversa ao governo seja a base de um pedido de impeachment de Dilma.
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O principal motivo é que, contrariando a legislação, o governo Dilma teria deixado de considerar 1,1 trilhão de reais em déficits da previdência dos servidores públicos, entre 2005 e 2013. Já as provisões e passivos de demandas judiciais não contabilizados somariam mais 780 bilhões de reais.
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O ministro ponderou que os balanços do setor público seguem regras específicas, que os dispensam de determinadas exigências, aplicáveis à iniciativa privada. "A contabilidade pública tem uma função de dar transparência, mas não tem a função de dar uma dimensão do ativo absoluto. Tem formas de contabilidade privadas que não se aplicam", acrescentou.
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(Com Estadão Conteúdo)
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