Hong Kong se alinha à China com pacote de reforma política
Como já tinha sido anunciado, as novas regras só permitem candidatos previamente aceitos por Pequim. Estudantes e políticos pró-democracia prometeram lutar contra o projeto
As eleições serão convocadas respeitando as diretrizes ditadas pela Assembleia Popular Nacional da China, que defende o princípio de "uma voz, um voto". Mas apenas "dois ou três candidatos" poderão concorrer às eleições, depois que um comitê oficial chinês der sua aprovação. Para o movimento pró-democracia, este processo garantirá perpetuamente a eleição de um candidato fiel a Pequim.
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"Iniciaremos uma campanha para nos opormos a esta proposta e pediremos à população de Hong Kong que continue exigindo um verdadeiro sufrágio universal", disse Alan Leong, do Partido Cívico, pró-democracia. O atual chefe executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, disse que o governo não dará qualquer fundamento para as demandas dos grupos pró-democracia. "Neste momento não vemos qualquer espaço para um compromisso", disse Chun-ying. "O lançamento da reforma política não é fácil", disse Leung, que foi escolhido a dedo por Pequim para comandar Hong Kong. "Se a reforma for vetada agora, acredito que levará anos para que possamos lançá-la novamente", acrescentou.
Para ser aprovado, o pacote de reformas eleitorais precisa da aprovação de dois terços do Legislativo da cidade, ou 47 dos 70 votos. Como os legisladores pró-democracia possuem 27 cadeiras, o governo espera poder persuadir quatro membros a mudarem opinião. Embora Hong Kong seja parte da China, a cidade é governada como uma região especial administrativa, o que significa o direito a um sistema legal independente e certas liberdades civis que não são concedidas na China continental, como maior liberdade de expressão.
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