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OAS corta projetos e espera recuperação só em 2019

Plano de recuperação também prevê queda de 56% na receita líquida até 2017. Expectativa ocorre após a venda ativos, devido à Operação Lava Jato

Complexo Petroquímico do Rio Janeiro (Comperj), em Itaboraí,
Complexo Petroquímico do Rio Janeiro (Comperj) — Uma das principais obras da OAS.
A construtora OAS, envolvida na Operação Lava Jato, resolveu cortar pela metade sua carteira de projetos, de 21,8 bilhões de reais no ano passado para 11 bilhões de reais atualmente. A empresa apresentou a credores um plano operacional para os próximos anos e prevê queda de até 56% na receita líquida até 2017. A expectativa ocorre após a venda ativos e o pedido de recuperação judicial feitos pela empresa numa ampla reestruturação motivada pelos desdobramentos da Lava Jato.
O grupo, que até o ano passado se apresentava como a terceira maior construtora do Brasil, entrou em recuperação judicial para preservar liquidez diante de uma dívida de 8 bilhões de reais. A empresa se reúne com credores nacionais nesta semana, e internacionais, na próxima.
O plano a ser apresentado, e que precisa ser aceito pelos credores para sair do papel, prevê queda da receita líquida para 3,13 bilhões de reais em 2017, ante 7,15 bilhões em 2014, mas projeta recuperação a 5,03 bilhões para 2019.
O objetivo da estratégia é reduzir a atuação internacional de 21 para 5 países, com destaque para o Peru, onde a operação da OAS está "madura e gerando caixa", segundo o diretor de desenvolvimento corporativo, Diego Barreto. Além disso, com o foco apenas em projetos de transporte e edificações, como shopping centers.
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Dívida - A jornalistas, Barreto e o diretor de reestruturação, Fabio Yonamine, disseram que ainda não é possível afirmar os princípios financeiros que nortearão o pagamento da dívida. Mas afirmaram que a expectativa é iniciar esta fase do diálogo com os credores em até um mês após a apresentação do plano operacional do grupo.
Além do enxugamento dos projetos, a empresa espera concluir até 2016 a maior parte da venda dos ativos da OAS Investimentos, braço de participações cuja joia da coroa é a fatia de cerca de um quarto da Invepar, que participa do consórcio que administra o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Segundo os executivos, a OAS estima que o valor de venda de seus ativos mais líquidos, que além da fatia na Invepar incluem a empresa de águas e saneamento OAS Soluções Ambientais, vai atingir de 1,7 bilhão a 2,5 bilhões de reais.
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Demissões - A empresa trabalha o processo de reestruturação desde o ano passado, com demissão de 140 funcionários administrativos e não captação de novos projetos, o que resultou em desligamentos de 15 mil funcionários após término de obras. Atualmente, o grupo tem cerca de 100 mil empregados, cifra que deve recuar nos próximos anos.
(Com agência Reuters)

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