Pular para o conteúdo principal

Arrecadação federal cai 2,03% no 1º tri, para R$ 309,37 bi

Em março, porém, resultado é 0,48%% maior sobre o mesmo mês de 2014, ao somar R$ 94,11 bilhões, segundo dados da Receita Federal

Cédulas de Real
Governo arrecadou R$ 94,11 bilhões em impostos e contribuições em março(Beatriz Albuquerque
No primeiro trimestre da nova equipe econômica de Dilma Rousseff, a arrecadação de tributos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal somou 309,37 bilhões de reais, uma redução de 2,03% na comparação com os três primeiros meses do ano passado. O resultado é atribuído ao baixo nível de atividade e elevadas desonerações.
No período, as desonerações tributárias somaram 29,11 bilhões de reais, 22,27% acima do registrado em igual período do ano anterior. O fraco recolhimento de impostos e contribuições se mantém como um dos principais problemas da equipe econômica mesmo após o retorno da cobrança de alguns tributos que estavam zerados, reforçando o quadro de incertezas sobre o cumprimento da meta fiscal este ano.
A meta de superávit primário - economia feita para o pagamento de juros da dívida pública - de 2015 é de 66,3 bilhões de reais, correspondente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses encerrados em fevereiro, o resultado está negativo em 0,69% do PIB.
Março - No resultado de março, porém, a arrecadação chegou a 94,11 bilhões de reais, o que representa uma alta real (descontada a inflação) de 0,48% na comparação com o mesmo mês de 2014. Com relação a fevereiro, o resultado traz um aumento de 2,94% na arrecadação. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, pela Receita Federal.
O resultado de março foi impulsionado principalmente pelo aumento de mais de 120% na arrecadação referente ao ajuste anual do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras, que neste ano foi concentrada no terceiro mês do ano.
Por outro lado, a economia fraca segue afetando o recolhimento de outros impostos e contribuições, com retração real no Imposto de Renda da Pessoa Física (-10,27%), Contribuição Previdenciária (-2,3%), IPI Total (-5,6%), Cofins (-7,0%), PIS/Pasep (-5,58%) e Cide-Combustível (-26,64%).
Leia mais:
Estudo mostra que arrecadação cai em 2015 mesmo com aumento de impostos
Poupança tem saída recorde de recursos no 1º trimestre
Setor público tem déficit primário de R$ 2,3 bi em fevereiro
Futuro - O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Rodrigues Malaquias, afirmou que se as medidas de ajuste fiscal não passarem no Congresso, o resultado da arrecadação não será satisfatório. Ele explicou que todas essas medidas são no sentido de restabelecer a arrecadação e que só depois que elas forem aprovadas e estiverem em vigor será possível fazer uma avaliação de impacto.
"As medidas de ajuste fiscal que foram preparadas e já encaminhadas, como a desoneração da folha e reversão de alguns benefícios, foram para reverter as desonerações", explicou. "Todas essas medidas vão no sentido de não chegarmos no patamar que chegamos no ano passado, isso é incompatível com o cenário", argumentou Malaquias.
A projeção da consultoria Tendências para a arrecadação federal de impostos e contribuições em 2015 é de 1,24 trilhão de reais, o que representa um queda real de 3,2% na comparação com 2014,

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular