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Hillary diz que sua família saiu 'falida' da Casa Branca

Em entrevista para divulgar livro, principal nome democrata à sucessão de Obama comentou o caso Monica Lewinsky e o ataque terrorista em Bengasi

Hillary Clinton durante entrevista à rede americana ABC
Hillary Clinton durante entrevista à rede americana ABC 
Ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Hillary Clinton disse em uma entrevista transmitida nesta segunda-feira pela rede americana ABC que sua família estava "completamente falida" e com várias dívidas quando deixou a Casa Branca, mais de 12 anos atrás.
"Deixamos a Casa Branca não só falidos, mas com muitas dívidas. Não tínhamos dinheiro quando chegamos lá e custamos para reunir os recursos para as hipotecas, as casas, a educação de Chelsea (sua filha única). Não foi fácil", afirmou Hillary na véspera do lançamento de seu novo livro, Hard Choices (Decisões Difíceis), relato de seus anos à frente do Departamento de Estado ainda sem previsão de lançamento no Brasil.
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A ex-primeira-dama justificou que, por causa das dívidas, tanto ela quanto seu marido Bill Clinton cobraram para dar palestras desde que deixaram a Casa Branca – Hillary chega a cobrar 200.000 dólares em algumas conferências, enquanto o ex-presidente já ganhou 750.000 dólares por uma única palestra.
Segundo estimativa da emissora CNN, no final do ano 2000, perto de Bill Clinton concluir seu segundo mandato, a família devia entre 2,28 milhões e 10,6 milhões de dólares. Com os ganhos das palestras, o casal saldou todos os seus débitos em 2004 e, desde então, viu seu patrimônio se agigantar. As conferências já teriam rendido 106 milhões de dólares a Bill Clinton desde que ele deixou a Presidência.  
No caso de Hillary, após sua saída do Departamento de Estado em 2013, ela teria acumulado até 5 milhões de dólares com as palestras, segundo dados da revista Mother Jones. Nem sempre, no entanto, o casal cobra pelo trabalho.
Perguntada na entrevista se considerava que os americanos poderiam entender como um valor "cinco vezes maior que salário médio nacional" pudesse ser cobrado por um único discurso, Hillary Clinton rebateu: "Acho que cobrar por palestras é muito melhor do que se juntar a um grupo ou empresa como fizeram tantos outros que deixaram a vida pública".
Traição – Hillary também afirmou diante das câmeras que "virou a página" sobre a aventura extraconjugal de seu marido com a ex-estagiária Monica Lewinsky, que no mês passado,  após dez anos longe dos holofotes, reapareceu em uma entrevista para a revista Vanity Fair, na qual voltou a falar sobre seu "affair" presidencial.
'(Ela) é perfeitamente livre para fazê-lo (falar sobre o escândalo). A vejo como uma americana que se expressa como bem entende. Mas não é algo sobre o qual eu pense demais", disse Hillary. "Eu virei a página e é assim que vejo minha vida e meu futuro".
Ao ser perguntada se, em alguma ocasião e conforme foi divulgado pela mídia, chamou Lewinsky de "lunática narcisista", a ex-secretária de Estado se limitou a dizer: "Não vou comentar o que disse ou deixei de dizer nos anos 1990".
Líbia – Outro assunto abordado durante a entrevista foram as críticas à gestão de Hillary Clinton à frente do Departamento de Estado durante os atentados terroristas de Bengasi, na Líbia, em 2012. Questionada se o episódio em que quatro americanos morreram, entre eles o embaixador nesse país, eram um obstáculo à sua candidatura à presidência, ela declarou que são mais "uma razão para concorrer" à Casa Branca "do que o contrário".
"Realmente é mais uma razão para eu concorrer do que o contrário, pois não acredito que nosso grande país deva disputar campeonatos de segunda categoria. Devemos estar nos principais", afirmou Hillary. Para os críticos e a oposição republicana, ela não tomou todas as providências para evitar o ataque, cujas circunstâncias teriam sido escondidas do público pelo Departamento de Estado.
Hillary comentou a recente criação de uma comissão parlamentar para investigar o assunto. "Acho que isso realmente é uma distração do trabalho duro que o Congresso deveria estar fazendo sobre os problemas do nosso país e do mundo", opinou. Ela também defendeu que não havia nada em suas mãos para que pudesse ter atuado de forma diferente para evitar a tragédia em Bengasi.
"Assumo a responsabilidade, mas eu não tomava as decisões de segurança", afirmou, para explicar depois que ela confiou no posicionamento dos especialistas sobre a manutenção da segurança no consulado americano, alvo dos torroristas. "Teria dado o possível para que isso não tivesse ocorrido", acrescentou Hillary.
(Com agência EFE)

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