Vaticano expulsa do sacerdócio núncio acusado de pedofilia
O polonês Jozef Wesolowski, representante diplomático da Santa Sé na Republica Dominicana, estava afastado de suas funções desde agosto de 2013
Jozef Wesolowski, acusado de pedofilia (AFP)
O processo de expulsão, realizado perante a Congregação da Doutrina da Fé, foi concluído nos últimos dias e, a partir de agora, o sacerdote terá dois meses para recorrer da sentença, acrescentou a Santa Sé. O processo penal perante os órgãos judiciais vaticanos, já que Wesolowski é um diplomata da Santa Sé, começará após a definição do Santo Ofício, acrescenta a nota.
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O Vaticano destituiu Wesolowski de seu cargo no final de agosto do ano passado e abriu uma investigação para averiguar as denúncias apresentadas ao papa Francisco pelo arcebispo de Santo Domingo, o cardeal Nicolás López Rodríguez. Na ocasião, receberam muitas críticas de autoridades em relação à liberdade de Wesolowski, de 65 anos, que, mesmo com as acusações que pesavam sobre ele, pode retornar a Roma.
Sobre isso, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, explicou que Wesolowski “teve uma relativa liberdade de movimento até a Congregação para a Doutrina da Fé comprovar as acusações”. Lombardi acrescentou que, após esta primeira sentença, “serão adotadas medidas adequadas à gravidade do caso”, embora não tenha citado quais seriam essas medidas.
Além do processo penal que enfrentará no Vaticano, tanto a Justiça polonesa como a República Dominicana apresentaram acusações contra o ex-núncio pelos casos de pedofilia. O escândalo veio à tona após uma reportagem da jornalista Nuria Piera, que assegurava que Wesolowski pagava para manter relações sexuais com menores dominicanos. Após a publicação da reportagem, o cardeal dominicano Nicolás de Jesús López Rodríguez informou que tinha comunicado as denúncias diretamente ao papa Francisco e qualificou o assunto como “extremamente grave”.
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Indisposição – O papa Francisco suspendeu nesta sexta, de última hora e por causa de uma indisposição, sua participação em uma visita a doentes do hospital Gemelli de Roma, informou a Santa Sé. A nota da Santa Sé não precisou sobre a gravidade da indisposição do sumo pontífice. Não é a primeira vez que o papa cancela sua agenda por motivos de saúde. Em 19 de junho, o papa não pode participar de uma procissão a pé em um ato pela festividade do Corpus Cristi na capital italiana. Diz dias antes, Francisco suspendeu algumas audiências previstas, também oficialmente por causa de um “leve indisposição”. O papa já havia cancelado também em 28 de fevereiro uma visita ao Seminário Maior de Roma, alegando uma leve febre.
(Com agência EFE)
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