Está provado: o Itaquerão e Roma não foram feitos em 1 dia
O Coliseu, em Roma
Agamenon Mendes Pedreira
Como já expliquei aos meus dezessete leitores e meio (não esqueçam do anão), pretendo continuar sem assistir a nenhum jogo da Copa do Mundo para não influenciar as minhas análises críticas, isentas e imparciais. Assim como os dirigentes de futebol, não quero saber de nada que acontece dentro do gramado: só me interessam as jogadas cabulosas. Como diz o ditado, o futebol é uma caixa-forte de surpresas. De preferência, numa conta secreta da Suíça. Antigamente, no futebol, quem roubava era só o juiz. Mas o esporte evoluiu e a roubalheira agora é generalizada. Do gandula ao Blatter, do vendedor de cachorro-quente ao empreiteiro, da mais humilde maria-chuteira ao presidente do Barcelona, todo mundo quer ganhar a sua bolada.
Mas eu boto fé na seleção! O caneco vai ser nosso, é ruim de não ser! Nós temos tradição: já derretemos a Jules Rimet e agora vamos derreter esta taça nova também! Ninguém segura o Brasil! Nem o Bradesco, nem a SulAmérica, nem a Porto Seguro, nem a Allianz e nem a Met Life! Todas se recusaram a segurar o Brasil.
Para não ficarem reclamando que não falei nada de Brasil 3 x 1 Croácia só tenho a dizer que o que falta no Brasil, apesar do Oscar, são armadores de jogadas. Não consigo entender isso, mas o Brasil tem armadores de jogadas no Congresso, na Petrobras e na CBF, só não tem armador na seleção. Fora o Oscar, é claro.
E, uma última coisa, pelo menos na estreia só brasileiro fez gol. Melhor assim.
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