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Primeiro-ministro iraquiano rejeita governo de coalizão

Nouri al Malik disse que proposta dos EUA é uma ameaça à democracia iraquiana. Em Bruxelas, Kerry se reúne com líderes da Otan para discutir a crise

O primeiro-ministro xiita do Iraque, Nouri al Maliki, rejeitou nesta quarta-feira os apelos dos Estados Unidos para formar um governo de unidade nacional para ajudar a combater a ofensiva dos rebeldes sunitas liderada pelo grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). Segundo a rede BBC, para Malik, o pedido dos EUA representa um "golpe contra a Constituição e uma tentativa de acabar com a experiência democrática iraquiana". A formação de um governo que contemplasse as diferentes correntes religiosas e políticas do país era um anseio da Casa Branca para aplacar a revolta sunita e o clamor pela independência dos curdos.
As forças do governo têm sido incapazes de recuperar as vastas áreas do território iraquiano que foram tomadas pelos insurgentes neste mês. Mais de 100 conselheiros militares americanos designados para ajudar o Exército iraquiano começam a trabalhar nesta quarta. Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, solicitou uma reunião aos líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas para discutir a crise no Iraque. Kerry já está na Bélgica e deve se reunir ainda hoje com os chefes das Relações Exteriores dos 28 países da Otan.

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Na noite de terça para quarta, o Exército iraquiano seguia tentando expulsar os jihadistas da principal refinaria de petróleo do país, em Baiji, no norte do país. Ao amanhecer, os insurgentes lançaram um novo ataque para retomar o controle da refinaria, que fica a 200 km ao norte de Bagdá. Os soldados conseguiram repelir a agressão, disseram autoridades locais, acrescentando que as tropas terrestres receberam apoio da Força Aérea, que realizou ataques em Baiji. Uma autoridade local informou que os jihadistas se esconderam nas casas dos bairros residenciais nas redondezas. Dez crianças e nove mulheres foram mortas nos ataques, e a TV estatal iraquiana também relatou que dezenove terroristas morreram.
Saiba mais: Como encontrar um equilíbrio no Oriente Médio

Esse foi um raro sucesso do Exército, depois de sua derrota total nos primeiros dias da ofensiva lançada em 9 de junho pelas forças insurgentes. O ataque à refinaria de Baiji aterrorizou os mercados de petróleo, pois o Iraque é o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e uma crise na produção do país iria ter reflexos catastróficos

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