Grã-Bretanha vai reabrir sua embaixada no Irã
Anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores britânicos, William Hague. Representação britânica no país persa estava fechada desde 2011
O chanceler britânico William Hague, em Brasília (Reuters)
A decisão coincide com o aumento da tensão no Iraque pelo avanço dos radicais islâmicos e com a disposição do governo iraniano a prestar socorro às autoridades do país vizinho. O governo britânico informou ontem que Hague tinha discutido a crise no Iraque com o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarid, em uma conversa telefônica, sem dar mais detalhes.
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Ao explicar as razões da reabertura da embaixada, Hague disse que o governo sempre considerou essa normalização assim que as circunstâncias fossem apropriadas. “Nossas duas principais preocupações na hora de considerar a abertura de nossa embaixada em Teerã eram a garantia de que nosso pessoal tivesse segurança e a certeza de que pudessem cumprir suas funções sem obstáculos”, acrescentou.
O chefe da diplomacia britânica destacou que o Irã é um país importante que está em uma “região volátil” e ressaltou que manter embaixadas pelo mundo, inclusive em circunstâncias difíceis, é um “pilar” da política externa da Grã-Bretanha. “É por isso que agora decidi que as circunstâncias são corretas para voltar a abrir nossa embaixada em Teerã”, disse. No ano passado, Londres havia começado o processo para melhorar as relações com o Irã ao nomear um encarregado de negócios.
Em novembro de 2011, um grupo de estudantes islâmicos atacou a embaixada britânica em Teerã, mas a chegada de Hassan Rohani ao poder, no ano passado, ajudou a melhorar as relações do Irã com Ocidente. Em 1979, a embaixada da Grã-Bretanha em Teerã foi fechada por causa da revolução islâmica. A detenção de membros da Marinha britânica no Irã em 2007, acusados de entrar ilegalmente em águas iranianas, também foi outro motivo de tensão entre os dois países
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