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Jihadistas ameaçam tomar Bagdá; EUA oferecem ajuda ao Iraque

Em comunicado, extremistas avisam que a batalha ainda não terminou. Washington também ofereceu ajuda à Turquia para libertar diplomatas reféns

Família que fugiu da violência na província de Ninawa, no norte do Iraque, chega à região autônoma do Curdistão
Família que fugiu da violência na província de Ninawa, no norte do Iraque, chega à região autônoma do Curdistão (Safin Hamed/AFP)
Jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), após tomarem as cidades de Mosul e Tikrit, avisam que vão atacar a capital Bagdá – reporta a CNN nesta quinta-feira. "Continuem a sua marcha enquanto a batalha ainda não estiver ganha", disse o porta-voz do EIIL, Abu Mohammed al-Adnani, em uma gravação de áudio divulgada hoje no site do grupo. "Vamos para Bagdá e Karbala. Então, estejam prontos para isso" , diz outro trecho da gravação de 17 minutos.
Temendo o avanço sem precedentes dos extremistas islâmicos no Iraque após o fim da guerra, em 2011, o governo dos Estados Unidos ofereceu nesta quarta-feira seu apoio ao país, informou a Casa Branca. “Apoiaremos os líderes iraquianos de todos os espectros políticos enquanto estabelecem a união nacional necessária para vencer os radicais do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL)”, disse em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

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De acordo com a Casa Branca, os EUA proporcionarão toda a assistência ao governo do Iraque prevista no acordo estratégico assinado pelos dois países no final da invasão americana no Iraque, iniciada em 2003. A ajuda para combater o EIIL incluiu até agora a entrega de 300 mísseis Hellfire, munição para tanques e pequenas armas, metralhadoras, granadas, rifles M16 e M4, entre outros, às Forças de Segurança iraquianas, segundo a Casa Branca.
Os jihadistas do EIIL tomaram o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país, e de Tikrit, cidade natal do falecido ditador Saddam Hussein. Vários grupos jihadistas continuaram nesta quinta-feira seu avanço sobre Tikrit. Ontem, após as Forças Armadas iraquianas se retiraram da cidade após confrontos entre os terroristas. A cidade de Tikrit é estratégica na economia iraquiana, pois abriga a maior refinaria de petróleo do país, que ontem foi tomada pelos extremistas.
No Curdistão, região autônoma no norte do Iraque, as tropas curdas protegem a cidade petrolífera de Kirkuk, que também está ameaçada pela ofensiva dos insurgentes sunitas do EIIL. Um responsável do alto escalão da União Patriótica do Curdistão (UPK, na sigla em inglês), Sadi Pire, informou à agência EFE que a cidade – disputada entre o Executivo central e o governo do Curdistão – está tranquila e que as forças curdas tomaram as medidas adequadas para enfrentar qualquer eventual ataque. (Continue lendo o texto)
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Arte/VEJA
Mapa Iraque EIIL
Mapa da área de influência do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL)
Reféns – O vice-presidente americano, Joseph Biden, ofereceu apoio ao primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, para libertar o cônsul e vários outros diplomatas turcos que foram sequestrados pelo EIIL em Mosul, no norte do Iraque, informou a Casa Branca. “Estaremos em contato contínuo com os governos turco e iraquiano para buscar uma solução para a situação”, disse a Casa Branca em um comunicado.
A origem do EIIL é o chamado Estado Islâmico do Iraque, uma aliança de organizações radicais nascida sob os auspícios da Al Qaeda em território iraquiano em outubro de 2006, durante a ocupação americana. Em abril de 2013, o Estado Islâmico do Iraque acrescentou 'e do Levante' ao seu nome e anunciou que começaria a operar também na Síria, o que colocou o grupo em rota de colisão com a cúpula da Al Qaeda, que pede que o grupo limite suas ações ao Iraque. O objetivo do ISIS, considerado ainda mais radical que a Al Qaeda, é criar um emirado islâmico num região entre a Síria e o Iraque. A organização tem seu principal ponto de resistência na província iraquiana de Anbar, no oeste do país, de maioria sunita e cenário de fortes enfrentamentos com o Exército nos últimos meses.
(Com agência EFE)

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