Economia americana encolhe 2,9% no 1º trimestre
Queda da produção foi bem maior do que a estimada anteriormente; é o pior recuo em cinco anos
Inverno rigoroso prejudicou economia do país
Economistas esperavam que a revisão dos dados mostrasse contração de 1,7%. Revisões significativas nos dados do PIB são comuns, pois o governo não tem todas as informações quando faz suas estimativas inicial e preliminar. O clima severo pode ter cortado até 1,5 ponto percentual do PIB no primeiro trimestre, segundo previsões de analistas. O governo, entretanto, não deu detalhes sobre o impacto climático.
Os gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, cresceram a uma taxa de 1% - o número divulgado anteriormente mostrava expansão de 3,1%. O período também registrou pior desempenho dos gastos com saúde, o que levou a uma redução na estimativa dos dados de consumo. As exportações recuaram 8,9%. O fraco crescimento das exportações foi relacionado às temperaturas geladas durante o inverno.
As empresas acumularam 45,9 bilhões de dólares em estoques, um pouco menos que os 49 bilhões de dólares estimados no mês passado. Os estoques subtraíram 1,7 ponto percentual no primeiro trimestre, mas devem oferecer um impulso no segundo trimestre. Uma medida da demanda doméstica que exclui exportações e estoques mostrou expansão a uma taxa de 0,3%, em vez de 1,6% divulgado anteriormente. Analistas seguem confiantes que o segundo trimestre será melhor.
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Embora as dificuldades da economia tenham sido atribuídas em grande parte a um inverno mais rigoroso, a magnitude das revisões sugere outros fatores. Na primeira divulgação sobre o PIB do 1º trimestre, em abril, estimava-se que a maior economia do mundo havia crescido 0,1% no período. Depois, na segunda revisão, o indicador caiu para retração de 1%. Agora, o recuo é de 3%. A diferença entre a segunda e a terceira estimativas foi a maior já registrada desde 1976, informou o Departamento do Comércio.
Com o primeiro trimestre para trás e o período de abril a junho parecendo mais forte, investidores devem ignorar o relatório. Dados como emprego, atividade industrial e do setor de serviços apontam para forte aceleração do crescimento no início do segundo trimestre. Porém, o ritmo de crescimento em 2014 pode ficar aquém das expectativas, que chegam a até 3,6%.
Serviços - Nesta quarta-feira, a consultoria Markit também informou que o setor de serviços dos Estados Unidos registrou em junho a maior expansão em pelo menos quatro anos e meio, impulsionado pelo fortalecimento das atividades de negócios. O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar ficou em 61,2 pontos em junho ante 58,1 pontos em maio, a leitura mais alta desde o início da pesquisa em outubro de 2009. Leituras acima de cinquenta pontos indicam expansão.
(com agência Reuters)
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