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EUA e Irã podem se unir para agir no Iraque

Porém, segundo o secretário de Estado americano John Kerry, qualquer negociação com o governo de Teerã vai acontecer "passo-a-passo"

O secretário de estado americano John Kerry durante uma visita oficial ao Marrocos
O secretário de estado americano John Kerry durante uma visita oficial ao Marrocos (Reuters)
O secretário de Estado americano John Kerry disse que o governo de Barack Obama está disposto a conversar com o Irã a respeito da deterioração das condições de segurança no Iraque, além de não descartar uma possível cooperação militar entre Washington e Teerã para conter o avanço de extremistas sunitas. Kerry disse também que ataques com aviões não tripulados, também conhecidos como drones, "podem ser uma boa opção”.
Durante entrevista concedida nesta segunda-feira, Kerry disse que Washington está "aberto a discussões" com Teerã se os iranianos puderem ajudar a encerrar a violência e retomar a confiança no governo iraquiano. Perguntado sobre a possibilidade de uma cooperação militar como o Irã, Kerry disse que "não descartará nada que seja construtivo". Porém, destacou que qualquer contato com o Irã vai acontecer "passo-a-passo".

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A impressionante investida de militantes do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) ameaça desmembrar o Iraque e desencadear uma guerra sectária no Oriente Médio, que não respeitaria fronteiras nacionais. Uma ação conjunta entre os Estados Unidos e o Irã ajudaria o governo de seu aliado em comum, Nouri al Maliki, primeiro-ministro do Iraque, e seria uma ação inédita desde o começo da animosidade entre os dois países após a revolução iraniana de 1979. Isso também demonstraria o grau de alarme ocasionado pelo avanço da insurgência extremista.
Os combatentes do EIIL capturaram a cidade de Tal Afar, no noroeste do país, durante a noite, após pesados combates no domingo, solidificando seu controle no norte. Tal Afar fica próxima de Mosul, a principal cidade do norte iraquiano, também controlada pelos jihadistas na semana passada, durante o início de uma ofensiva que mergulhou o Iraque em sua pior crise desde que as tropas dos EUA se retiraram do país.
As considerações dos EUA acontecem um dia após o presidente iraniano, Hassan Rohani, um político moderado eleito no ano passado, ter dito que Teerã consideraria trabalhar com os americanos no Iraque se visse que Washington estava disposto a confrontar “grupos terroristas”.
(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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