As ameaças ao Real em seu vigésimo aniversário
A derrota da hiperinflação reordenou a economia brasileira e foi o pontapé inicial de uma nova fase de prosperidade. Duas décadas depois, no entanto, esse avanço corre riscos
Os prognósticos de sucesso do Plano Real, que completa agora vinte anos, não eram dos melhores. Desde 1986, quando foi lançado o Cruzado, cinco planos para domar o dragão inflacionário foram testados, e todos fracassaram. Os brasileiros estavam cansados dos transtornos causados por medidas como congelamento de salários, tabelamento de preços, confisco de poupança. Por isso o time de políticos e economistas que concebeu e executou o Real precisou saber tirar lições decisivas dos erros cometidos nos planos anteriores.
O Real vingou e prosperou. A geração de brasileiros que sai hoje das universidades não tem a menor ideia do que é viver em um país onde os preços nos supermercados eram remarcados duas ou três vezes no mesmo dia, e os salários perdiam metade de seu poder de compra em um único mês. O plano, porém, segue incompleto e, além disso, sofre ameaças decorrentes de equívocos cometidos, nos últimos anos, pela política econômica. Essas ameaças podem ser resumidas em três pontos: inflação acima da meta, truques nas finanças públicas e baixa produtividade.
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