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Espanha também incluirá drogas e prostituição no resultado do PIB

Anúncio foi feito nesta quinta-feira e deve fazer o PIB subir de 2,7% para 4,5%, informa o instituto de estatística espanhol

Bandeira da Espanha
Espanha: drogas e prostituição entrarão no cálculo do PIB (AP)
A prostituição, o tráfico de drogas e o contrabando de tabaco: todas essas atividades ilegais serão integradas a partir de setembro no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha, que deverá subir de 2,7% para 4,5%, anunciou nesta quinta-feira o instituto de estatística espanhol. Dessa forma, Madri se adequará às novas regras europeias.
A Itália e a Grã-Bretanha fizeram anúncios semelhantes nas últimas semanas. Segundo o governo britânico, a receita arrecadada com o tráfico de drogas e a prostituição poderia aumentar seu PIB em 12,3 bilhões de euros, um pouco menos que 1%.
O Instituto Espanhol de Estatística (Ine) não detalha a contribuição específica dessas atividades ilegais, admitindo "as dificuldades inerentes à sua contabilização". Contudo, combina em seu cálculo várias metodologias: a da Eurostat para integrar tais atividades, mas também leva em conta novas informações estatísticas, tais como o censo mais recente. O orçamento atribuído aos equipamentos militares também será levado em conta.
No final, o Ine calcula que o PIB espanhol deverá aumentar de 2,7% a 4,5%. Ele planeja lançar em 25 de setembro todos os números, de 1995 a 2013, revisados de acordo com esses novos critérios.
Leia também:
Espanha vai anunciar plano de 6,3 bilhões de euros

O resultado econômico do país também sofre influência de uma grande economia informal (atividades lícitas, mas não declaradas), estimada em torno de 20% do PIB.
A Espanha, quarta maior economia da zona do euro, saiu recentemente de sua segunda recessão em cinco anos, e registrou um crescimento de 0,4% no primeiro trimestre, o dobro da média da zona do euro.
No entanto, em relação ao emprego, não se vê melhorias. No final de março, a taxa de desemprego atingiu os 25,93%, e, de acordo com projeções do governo, só deve baixar a menos de 20% em 2017.
(Com Agência France-Presse)

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