Médicos da Câmara negam aposentadoria por invalidez a Genoino
Junta médica concluiu que o ex-presidente do PT não deve receber vencimentos na íntegra, por não apresentar cardiopatia grave
O ex-deputado José Genoino, condenado e preso no processo do mensalão, é visto na casa alugada pela família para ele cumprir a prisão domiciliar provisória para tratamento médico, no bairro Jardim Botânico, área de classe média alta de Brasília (Folhapress)
De acordo com o laudo, baseado em exames realizados na última terça-feira, Genoino não é portador de cardiopatia grave e, por isso, não teria direito a receber os vencimentos na íntegra – 26.700 reais. Atualmente, ele recebe cerca de 20.000 reais de aposentadoria por tempo de serviço.
As conclusões dos médicos ainda podem ser revistas, mas foi a segunda resposta negativa ao pedido de aposentadoria por invalidez de Genoino. No final de novembro, a junta médica havia apontado que o ex-presidente do PT tinha problemas cardíacos, mas o quadro não era grave o suficiente para ser afastado definitivamente do trabalho. Na época, os médicos pediram mais noventa dias para concluir a análise.
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Médicos da Câmara descartam aposentadoria a Genoino
Como o mais recente laudo é desfavorável, a defesa de Genoino tenta uma última cartada para reverter o quadro. Na última quinta-feira, o petista anexou ao processo novos exames, incluindo o monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA), sistema que registra a pressão arterial a cada quinze ou vinte minutos durante 24 horas. Quatro médicos ainda vão analisar os resultados desse exame para decidir se revisam o laudo sobre a aposentadoria ou se tornam definitiva a decisão contra Genoino.
Genoino está provisoriamente em prisão domiciliar em Brasília e aguarda decisão do ministro Joaquim Barbosa sobre a necessidade de retornar para o presídio da Papuda. No final de novembro, um laudo médico elaborado a pedido de Barbosa constatou que a prisão domiciliar não era “imprescindível” para o ex-presidente do PT. Ainda assim, Barbosa estendeu o benefício ao mensaleiro por mais noventa dias, prazo que termina nesta quarta-feira.
Ainda nesta semana, o plenário do Supremo deve julgar o último recurso apresentado pelo petista. Ele contesta, por meio de embargos infringentes, a condenação que recebeu por formação de quadrilha. Se os ministros acatarem a tese do mensaleiro, sua pena pode cair para quatro anos e oito meses de prisão.
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