Alstom enfrenta casos de corrupção e formação de cartel em seis países
Documento oficial da empresa francesa reconhece que grupo enfrenta investigações e confirma que foi suspenso pelo Branco Mundial por corrupção na Africa até 2015
GENEBRA - A Alstom admite a investidores e ao mercado financeiro que algumas de suas subsidiárias e funcionários estão sendo investigados por pagamento de propinas em diversos países e alerta que isso pode acarretar em multas e exclusão da empresa de processos de licitação. A informação faz parte do informe financeira da multinacional francesa publicado no último dia 30 de setembro.
No relatório, a empresa ainda reconhece que foi suspensa pelo Banco Mundial por corrupção na Africa até 2015, que foi condenada na Europa e Israel por formação de preços e que está sendo investigada no Brasil, França, EUA e Reino Unido.
“Algumas companhias e/ou atuais ou ex-empregados do grupo estão sendo investigados em vários países e por bancos de desenvolvimento com relação a supostos pagamentos ilegais”, apontou a Alstom. “Esses processos podem resultar em multas, exclusão das subsidiárias do Grupo de licitações públicas e ações de terceiras partes”, indicou.
Na realidade, as penalidades já começaram a ser implementadas contra a Alstom. Segundo a própria companhia, o Banco Mundial suspendeu a empresa em 2012 por três anos de qualquer tipo de licitação da instituição depois que ficou provado que a Alstom “pagou de forma imprópria” 110 mil euros em 2002 num projeto na Zâmbia. “O grupo ainda pagou uma restituição de US$ 9,5 milhões”, declarou a Alstom no documento aos investidores. A suspensão até 2015 vale também para outros bancos de desenvolvimento.
No mesmo documento, a Alstom cita casos em que UE a condena por formação de cartel e e de preço. Em 2007, a Comissão Europeia impôs uma multa de 65 milhões de euros contra a Alstom por conta de um equipamento no setor do gas. Depois de um recurso, a multa foi reduzida para 58,5 milhões de euros. Em 2011, a Alstom pediu à Corte de Justiça da UE que anule a decisão e uma definição será anunciada em 2014.
Um segundo caso também aguarda decisão da UE, depois que Bruxelas acusou a empresa em 2008 de formar parte em um cartel no setor de energia. Em 2009, uma multa de 16,5 milhões de euros foi imposta, mas um recurso foi apresentado pela companhia.
A Alstom ainda cita mais dois casos em que é acusada. Um deles se refere ao setor de energia em Londres. Em Israel, a autoridade Anti-trust do país a condenou em setembro de 2013 a empresa por formação de cartel também no setor do gas.
Já sobre as investigações no Brasil, a empresa admite que o Cade está investigando “uma série de companhias, incluindo a Alstom”. Mas a empresa garante que está “conduzindo sua própria investigação sobre o assunto”.
GENEBRA - A Alstom admite a investidores e ao mercado financeiro que algumas de suas subsidiárias e funcionários estão sendo investigados por pagamento de propinas em diversos países e alerta que isso pode acarretar em multas e exclusão da empresa de processos de licitação. A informação faz parte do informe financeira da multinacional francesa publicado no último dia 30 de setembro.
No relatório, a empresa ainda reconhece que foi suspensa pelo Banco Mundial por corrupção na Africa até 2015, que foi condenada na Europa e Israel por formação de preços e que está sendo investigada no Brasil, França, EUA e Reino Unido.
“Algumas companhias e/ou atuais ou ex-empregados do grupo estão sendo investigados em vários países e por bancos de desenvolvimento com relação a supostos pagamentos ilegais”, apontou a Alstom. “Esses processos podem resultar em multas, exclusão das subsidiárias do Grupo de licitações públicas e ações de terceiras partes”, indicou.
Na realidade, as penalidades já começaram a ser implementadas contra a Alstom. Segundo a própria companhia, o Banco Mundial suspendeu a empresa em 2012 por três anos de qualquer tipo de licitação da instituição depois que ficou provado que a Alstom “pagou de forma imprópria” 110 mil euros em 2002 num projeto na Zâmbia. “O grupo ainda pagou uma restituição de US$ 9,5 milhões”, declarou a Alstom no documento aos investidores. A suspensão até 2015 vale também para outros bancos de desenvolvimento.
No mesmo documento, a Alstom cita casos em que UE a condena por formação de cartel e e de preço. Em 2007, a Comissão Europeia impôs uma multa de 65 milhões de euros contra a Alstom por conta de um equipamento no setor do gas. Depois de um recurso, a multa foi reduzida para 58,5 milhões de euros. Em 2011, a Alstom pediu à Corte de Justiça da UE que anule a decisão e uma definição será anunciada em 2014.
Um segundo caso também aguarda decisão da UE, depois que Bruxelas acusou a empresa em 2008 de formar parte em um cartel no setor de energia. Em 2009, uma multa de 16,5 milhões de euros foi imposta, mas um recurso foi apresentado pela companhia.
A Alstom ainda cita mais dois casos em que é acusada. Um deles se refere ao setor de energia em Londres. Em Israel, a autoridade Anti-trust do país a condenou em setembro de 2013 a empresa por formação de cartel também no setor do gas.
Já sobre as investigações no Brasil, a empresa admite que o Cade está investigando “uma série de companhias, incluindo a Alstom”. Mas a empresa garante que está “conduzindo sua própria investigação sobre o assunto”.
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