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Irã e potências retomam diálogo em busca de acordo definitivo

Após acordo parcial de novembro, objetivo agora em Viena é chegar a pacto que resolva crise

 
 

As grandes potências e o Irã iniciaram discussões na terça-feira, 18, em Viena com o objetivo de chegar, em até seis meses, a um acordo definitivo sobre o programa nuclear iraniano. Nos bastidores, ambos os lados indicam que há grandes dificuldades no caminho.
Teerã negocia diretamente com o chamado P5+1, grupo formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) mais a Alemanha. A nova rodada de diálogo -- que deve durar dois ou três dias -- é a primeira desde que as seis potências chegaram a um acordo preliminar com o Irã, em novembro, para que a República Islâmica restringisse suas atividades nucleares mais delicadas, em troca de um alívio limitado nas sanções internacionais.
Num acordo final, os governos ocidentais querem definir o escopo tolerável do programa nuclear iraniano e afastar totalmente o risco de que a república islâmica desenvolva armas atômicas. O Irã, que nega ter esse objetivo, deseja a eliminação total das sanções econômicas impostas pela ONU, pelos EUA e por governos europeus.
As negociações entre as grandes potências e o Irã ganharam força com a eleição do presidente Hassan Rohani, em julho. Pragmático, ele chegou ao poder
com o apoio de setores mais moderados e a promessa de retirar o Irã de seu isolamento internacional. Desde então, Teerã e Washington trocaram sinais de aproximação - incluindo um telefonema do presidente Barack Obama para Rohani, em setembro - e, há três meses, ambos os lados alcançaram na Suíça um inédito entendimento sobre limites ao avanço nuclear iraniano, em troca de alívio nas sanções.
O acordo firmado em novembro, entretanto, é temporário e expira em seis meses. A partir da semana que vem, o Irã e o P5+1 negociarão um acerto diplomático definitivo, que imporia controles externos ao programa atômico para impedir que ele avance em direção à bomba, em troca do fim de todas as sanções. / REUTERS

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