Grupo invade sedes do governo na Crimeia e Ucrânia chama enviado russo
Cerca de 50 homens entraram nos prédios e colocaram a bandeira da Rússia
SEVASTOPOL, CRIMEIA - Dezenas de homens armados tomaram nesta quinta-feira, 27, as sedes do Parlamento e do Governo da República Autônoma da Crimeia, no sul da Ucrânia, que passa por intensa turbulência política. Os edifícios foram invadidos por cerca de 50 homens uniformizados e sem distintivos, que levantaram a bandeira russa nos prédios, indicando que podem ser separatistas pró-Rússia.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia chamou o enviado russo em Kiev para consultas imediatas com Moscou depois da ocupação da sede do governo regional da Crimeia. Em um comunicado escrito e entregue ao enviado Andrei Vorobyov, o ministério solicitou que militares russos baseados no porto de Sevastopol, permaneçam na base.
A Ucrânia colocou suas forças de segurança em alerta e pediu aos militares russos, alocados em bases na Crimeia e no Mar Negro, que não movimentem as tropas. "Será considerado uma agressão militar", afirmou Oleksandr Turchynov, presidente interino ucraniano.
Segundo agências de notícias russas, caças fazem a patrulha do espaço aéreo nas áreas de fronteira. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 150 mil soldados e 90 aviões estão envolvidos no exercício militar. Os russos questionam a legitimidade das novas autoridades ucranianas, acusando-as de não conseguir controlar os segmentos radicais.
Agora, a Crimeia é o último reduto importante de oposição à nova ordem política pós-Yanukovich. Os novos líderes do país manifestam preocupação com os sinais de separatismo na península./ REUTERS
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Efe
Manifestantes pró-Rússia foram até o Parlamento em Crimeia
A Ucrânia colocou suas forças de segurança em alerta e pediu aos militares russos, alocados em bases na Crimeia e no Mar Negro, que não movimentem as tropas. "Será considerado uma agressão militar", afirmou Oleksandr Turchynov, presidente interino ucraniano.
Segundo agências de notícias russas, caças fazem a patrulha do espaço aéreo nas áreas de fronteira. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 150 mil soldados e 90 aviões estão envolvidos no exercício militar. Os russos questionam a legitimidade das novas autoridades ucranianas, acusando-as de não conseguir controlar os segmentos radicais.
Confrontos. Na quarta-feira, cerca de 2 mil pessoas foram ao Parlamento de Simferopol para manifestar apoio ao movimento que destituiu Viktor Yanukovich, ex-presidente da Ucrânia. No entanto, manifestantes pró-Rússia, e contra o atual governo, também estavam no local e os dois grupos precisaram ser contidos por policiais.
A Crimeia pertence à Ucrânia desde 1954, quando o líder soviético era Nikita Khrushchev. A região continua sendo a única do país onde a etnia russa é majoritária; parte da frota russa do mar Negro fica estacionada no porto de Sevastopol.Agora, a Crimeia é o último reduto importante de oposição à nova ordem política pós-Yanukovich. Os novos líderes do país manifestam preocupação com os sinais de separatismo na península./ REUTERS
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