Dilma indica nome para Agricultura e PMDB reage
Escolha de Enio Marques desperta reação em grupos para os quais o médico veterinário, sugerido por Kátia Abreu, ‘não representa a vontade’ do partido
Brasília - A indicação feita pela presidente Dilma Rousseff de que o assessor especial do Ministério da Agricultura, o médico veterinário Enio Marques, será o novo ministro da Agricultura no lugar de Antonio Andrade, desencadeou nesta quarta-feira, 19, uma forte reação em setores do PMDB contrários ao nome.
Minas Gerais. Além disso, a indicação foi considerada prejudicial na articulação montada pelo PT e pelo governo para atrair o PMDB mineiro para a campanha de Dilma e do petista Fernando Pimentel ao governo do Estado. O presidente em exercício da legenda, deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), criticou a escolha.
"A presidente está conseguindo um feito difícil: montar todos os seus ministérios sem nenhum mineiro como titular. De certo ela não está precisando de votos em Minas, deve achar que vai tirar a diferença no Rio Grande do Sul." E finalizou: "Isso é só mais um sintoma do prestígio que ela tem por Minas".
A indicação de Marques contempla o desejo de Kátia Abreu, que já defendia o nome do futuro ministro para cargos estratégicos no governo desde quando ele ainda comandava a Secretaria de Defesa Agropecuária. A senadora disse que só se pronunciará após ele assumir a pasta.
Em agosto de 2013, Marques foi exonerado da Secretaria de Defesa Agropecuária após pressão do PMDB, que conseguiu substituí-lo pelo advogado Rodrigo Figueiredo. Na época, houve reação do setor agropecuário, mas peemedebistas ficaram satisfeitos com o novo nome.
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Enio Marques é indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO)
A escolha, antecipada pelo blog de Marcelo de Moraes, no estadão.com, tem por objetivo apresentar um nome que aproxime o governo e a campanha da petista do agronegócio. Marques foi sugerido pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), principal elo de Dilma com empresários do setor, tradicionalmente avessa ao petismo.
O nome de Marques foi colocado por Dilma depois que o PMDB da Câmara, descontente com o atraso na reforma ministerial, decidiu não apresentar nenhum nome ao Planalto para substituir os deputados da bancada que ocupam cargos nos ministérios, caso de Andrade e Gastão Vieira (Turismo). Mas foram justamente os deputados peemedebistas que contestaram o nome de Marques.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que se Marques for mesmo nomeado o governo estará comprando uma briga ainda maior com a bancada do PMDB na Câmara. "Já exoneramos o sujeito uma vez, se ela o colocar como ministro, aí vai ser uma agressão ao meu partido", avisou. "Essa pessoa não representa a vontade do PMDB. Se for ele, então haverá um rompimento do governo com o PMDB da Câmara", ameaçou Cunha.Minas Gerais. Além disso, a indicação foi considerada prejudicial na articulação montada pelo PT e pelo governo para atrair o PMDB mineiro para a campanha de Dilma e do petista Fernando Pimentel ao governo do Estado. O presidente em exercício da legenda, deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), criticou a escolha.
"A presidente está conseguindo um feito difícil: montar todos os seus ministérios sem nenhum mineiro como titular. De certo ela não está precisando de votos em Minas, deve achar que vai tirar a diferença no Rio Grande do Sul." E finalizou: "Isso é só mais um sintoma do prestígio que ela tem por Minas".
A indicação de Marques contempla o desejo de Kátia Abreu, que já defendia o nome do futuro ministro para cargos estratégicos no governo desde quando ele ainda comandava a Secretaria de Defesa Agropecuária. A senadora disse que só se pronunciará após ele assumir a pasta.
Em agosto de 2013, Marques foi exonerado da Secretaria de Defesa Agropecuária após pressão do PMDB, que conseguiu substituí-lo pelo advogado Rodrigo Figueiredo. Na época, houve reação do setor agropecuário, mas peemedebistas ficaram satisfeitos com o novo nome.
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