Obama para Maduro: atenda as reivindicações do povo
Presidente dos EUA critica violência nos protestos e aconselha colega venezuelano a libertar manifestantes presos e a ouvir as queixas da população
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Em mensagem à imprensa no final da cúpula da América do Norte realizada na cidade de Toluca, no México, Obama aconselhou o governo venezuelano a libertar os manifestantes que foram detidos nos protestos e a estabelecer um "diálogo verdadeiro" com a oposição.
"Ao invés de desviar a atenção de seus próprios fracassos expulsando diplomatas americanos com falsas acusações, o governo deveria se concentrar em atender as reivindicações legítimas do povo venezuelano", afirmou o presidente americano.
Na segunda-feira passada, Maduro responsabilizou os EUA por conspirar contra seu governo e estar por trás das manifestações nas ruas de Caracas. Ele deu um prazo de 48 horas para que os funcionários da Embaixada american Breeann Marie McCusker, Jeffrey Gordon Elsen e Kristofer Lee Clark deixassem a Venezuela. Também o chanceler do país sul-americano, Elías Jaua, acusou "funcionários de diferentes níveis" dos EUA de promover grupos violentos e de oferecer apoio financeiro a eles através de "organizações de fachada".
Obama disse que, juntamente com a Organização dos Estados Americanos (OEA), fazia um pedido para que o governo venezuelano "liberte os manifestantes que foram presos e realize um diálogo verdadeiro (com a oposição)".
"Todas as partes têm que trabalhar em conjunto, se distanciar da violência e restaurar a tranquilidade", afirmou o chefe de Estado americano, após classificar como "inaceitáveis" os incidentes nas manifesrações. Ao menos cinco pessoas morreram diretamente por causa de conflitos nos protestos – uma sexta morte, de uma mulher que sofreu um ataque cardíaco e morreu em uma ambulância presa no tráfego interrompido pelas manifestações, foi relatada pela TV estatal.
Nesta quarta-feira também morreu uma estudante de 22 anos, eleita Miss Turismo do Estado de Carabobo. Génesis Carmona foi baleada na cabeça nas ruas de Valência, a 170 quilômetros de Caracas, durante mais uma manifestação contra o governo. Levada ao hospital, ela chegou a ficar internada em coma, mas não resistiu aos graves ferimentos.
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