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Lucro da Petrobrás cai 19% no 4º trimestre, mas vem acima do esperado

Reajuste dos combustíveis não impediu 2ª queda trimestral no lucro, que somou R$ 6,2 bi; no ano, ganhos cresceram 11% e somaram R$ 23,5 bilhões

 
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SÃO PAULO - O reajuste dos combustíveis anunciado em novembro passado ajudou, mas não impediu a Petrobrás de amargar nova queda no lucro líquido durante o quarto trimestre de 2013. O balanço divulgado pela estatal petrolífera trouxe lucro de R$ 6,281 bilhões entre outubro e dezembro, uma retração de 18,9% sobre o quarto trimestre de 2012. Esta é a segunda queda trimestral consecutiva registrada pela Petrobras na comparação entre períodos equivalentes - entre terceiros trimestres, o lucro havia caído 39%. Mesmo assim, o resultado veio acima do esperado pelos analistas, que projetavam recuo de até 35%.
Com o desempenho do trimestre, o lucro da petroleira fechou 2013 em R$ 23,57 bilhões, um alta de 11,3% em relação ao verificado no ano anterior, revertendo dois anos consecutivos de queda. O lucro de 2013, contudo, representa o segundo pior resultado desde 2008, ano marcado pelo início da crise que atingiu a economia norte-americana e se espalhou por todo o mundo. Naquele ano, o lucro da Petrobrás se aproximou dos R$ 34 bilhões, patamar que ainda seria superado em 2010, quando atingiu o nível recorde de R$ 35,2 bilhões.
A decisão da estatal de adotar a contabilidade de hedge, uma prática contábil que reduz o efeito da variação cambial sobre as dívidas denominadas em dólar, também impactou positivamente os balanços trimestral e anual.
O balanço de 2013 ficou marcado por fatores que impactaram positiva e negativamente os números da estatal. A favor da Petrobrás pesou o dólar mais benéfico às exportações, a adoção da contabilidade de hedge e os reajustes de combustíveis anunciados entre 2012 e 2013 - o último, divulgado em novembro, foi de 4% na gasolina e de 8% no diesel. A Petrobrás também conseguiu resultados importantes de controle de custos ao longo do ano e capturou ganho bilionário com a venda de ativos, como as operações que mantinha na África e que resultaram em um ganho de R$ 1,9 bilhão à estatal no segundo trimestre.
Por outro lado, o dólar valorizado afetou o resultado financeiro, situação parcialmente amenizada pela adoção da contabilidade de hedge. O dólar também ocasionou consecutivos prejuízos na área de Abastecimento, responsável pela operação de importação e revenda de combustíveis. Além disso, o ritmo de produção de petróleo no Brasil encolheu em 2013, conforme informado anteriormente pela estatal.

Operacional. Como grande parte dos efeitos negativos sobre a última linha do balanço da Petrobras tem origem em questões financeiras relacionadas à variação cambial, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado da Petrobras cresceu 17,8% em 2013, na comparação com o ano anterior, e totalizou R$ 62,967 bilhões.

Já a receita líquida cresceu 8,4% em igual base comparativa e atingiu R$ 304,890 bilhões. Este foi o maior resultado histórico da companhia.

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