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The Economist: leilão do pré-sal foi 'barato' e decepcionante

Reportagem publicada na edição deste final de semana criticou a formação de consórcio único e a arrecadação mínima do governo com o certame

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriand, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, sobem ao palco ao lado de representantes das empresas que integram o consórcio vencedor da licitação do Campo de Libra
Leilão de Libra: governo celebra, mas consórcio único prejudicou ganhos (ABr)
A revista britânica The Economist publica na edição que chega neste fim de semana às bancas reportagem sobre o primeiro leilão para exploração do pré-sal sob o regime de partilha. Com o título "Preço barato", a reportagem afirma que a existência de apenas um lance para o Campo de Libra mostra a fragilidade da estratégia adotada pelo governo para explorar as reservas de petróleo. Para a revista, o resultado do leilão "foi uma decepção".
A reportagem aponta que a presença da Shell e da Total no consórcio vencedor permitiu que o governo declarasse o leilão como um sucesso, do que a publicação discorda. "Enquanto o governo esperava mais de quarenta empresas interessadas, apenas onze se registraram no leilão", lembra o texto. "E, apesar de ter esperado pelo menos a oferta de seis consórcios, só foi feita uma proposta e com o valor mínimo exigido", diz a reportagem.
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"A falta de competição foi uma decepção após a euforia de seis anos atrás quando o presidente da época, Luiz Inácio Lula da Silva, descreveu o pré-sal como um 'bilhete de loteria premiado'", diz o texto. Para a revista, uma das causas dessa falta de interesse foi a demora do governo em oferecer os campos. "Durante a longa espera, enquanto as regras do leilão foram reescritas e os governos discutiam como dividir os eventuais recursos, o xisto retirou do pré-sal o título de perspectiva energética mais emocionante do mundo. A maioria do interesse privado desapareceu", completa a reportagem, que destaca a ausência das gigantes BG, BP, Chevron e Exxon.
Apesar das críticas, a reportagem reconhece que as perspectivas de extração dos campos nos próximos 35 anos "são tão vastas que os riscos de exploração acabam sendo reduzidos".

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