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ONU: Irã não registra 'qualquer sinal de progresso' nos direitos humanos

Relatório das Nações Unidas denuncia execuções, restrições à internet e à liberdade de imprensa, com prisão de jornalistas

Hassan Rohani, presidente do Irã, em coletiva de imprensa em Teerã em 28 de setembro
Hassan Rohani, presidente do Irã, em coletiva de imprensa em Teerã em 28 de setembro (AFP)
O relator especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos no Irã, Ahmed Shaheed, não observa "qualquer sinal de progresso" no país, apesar das promessas do novo presidente iraniano, Hassan Rohani. Em um relatório apresentado nesta quarta-feira na Assembleia Geral da ONU, Shaheed informa 724 execuções no Irã entre janeiro de 2012 e junho de 2013, das quais 202 ocorreram no primeiro semestre de 2013. A maioria das execuções está vinculada ao tráfico de entorpecentes e o relator pede a Teerã que "revise as leis que definem os assuntos de drogas como crimes passíveis de pena de morte".

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Shaheed fez um novo apelo para pelo fim "de todas as execuções no Irã e pela proibição de execuções públicas". O relator também denuncia a prisão de jornalistas e as restrições à liberdade de expressão, em particular na internet. Segundo o relatório, ao menos 40 jornalistas e 29 usuários da internet estão presos no Irã, e 23 jornalistas foram detidos desde janeiro de 2013.
Os jornalistas presos foram condenados por crimes contra a segurança nacional ou por delitos como a "difusão de propaganda contra o Estado". No total, 67 bares com internet foram fechados em julho de 2013 e cerca de 5 milhões de sites, bloqueados pelas autoridades. O relatório assinala ainda violações dos direitos das mulheres e das minorias religiosas e étnicas e denuncia as "condições muito precárias" de detenção em prisões como as de Bandar Abbas e Evin, em Teerã.
(Com agência AFP)

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