Dilma anuncia pela 2ª vez recurso para mesma obra
Em Curitiba, presidente põe petistas e tucanos no mesmo palanque e ‘recicla’ a verba federal para o metrô, que fora prometida em 2011
Curitiba - Em sua quarta viagem ao Paraná neste ano, a presidente Dilma Rousseff reuniu nesta terça-feira, 29, tucanos e petistas no mesmo palanque para anunciar, em Curitiba, investimentos em obras do metrô que já tinham sido prometidos em 2011, mas nunca saíram do papel. Em outubro daquele ano, a presidente organizou um grande evento no Parque Barigui, na região norte da capital, para dizer que o governo federal liberaria R$ 1 bilhão a fundo perdido (sem necessidade de devolução).
A obra estava orçada em R$ 2,25 bilhões e o então prefeito, Luciano Ducci (PSB) era aliado do governador tucano Beto Richa. Na ocasião, o ato foi interpretado no meio político paranaense como o lançamento informal da candidatura de Gleisi Hoffmann (PT), ministra-chefe da Casa Civil, ao governo do Estado.
Apesar do anúncio público, a presidente decidiu esperar até o fim das eleições municipais de 2012 para liberar os recursos. Ocorre que o novo prefeito, Gustavo Fruet (PDT), que era tucano, mas agora se aliou à presidente, recalculou o custo da obra e concluiu que seria preciso quase dobrar o orçamento, que saltou para R$ 4,6 bilhões.
Segundo a assessoria do Ministério das Cidades, a verba não foi liberada justamente porque houve um "redimensionamento" do projeto que exigiu uma "complementação" de recursos de todas as partes. A fatia do governo na obra saltou de R$ 1 bilhão para R$ 2 bilhões. O aumento justificaria o novo anúncio, diz o governo.
"Quando o governo fez o anúncio em 2011 o projeto era um, mas agora é outro. Naquela vez, ele foi feito de maneira apressada pela prefeitura e pelo governo estadual", explicou ao Estado o deputado paranaense André Vargas (PT), vice-presidente da Câmara e aliado de Gleisi. Segundo ele, não houve liberação de verbas em 2012 "porque não havia projeto".
A assessoria de imprensa do Planalto acrescenta que o novo projeto é bem mais ousado que o primeiro. A versão anterior tinha trilhos subterrâneos e aéreos (BRTs) e teria 14 km. A atual será subterrânea e terá 17 km.
A cerimônia de ontem foi marcada pelo tom ecumênico entre petistas e tucanos. "A sra. foi responsável pelo maior investimento em 20 anos (na capital)", disse Fruet a Dilma. O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, ressaltou que o anúncio representava "o exercício da boa política". Richa celebrou "a consolidação de uma grande união".
Veja também:
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Geraldo Bubnia/Foto Arena
Esta é a quarta viagem da presidente ao Paraná
A obra estava orçada em R$ 2,25 bilhões e o então prefeito, Luciano Ducci (PSB) era aliado do governador tucano Beto Richa. Na ocasião, o ato foi interpretado no meio político paranaense como o lançamento informal da candidatura de Gleisi Hoffmann (PT), ministra-chefe da Casa Civil, ao governo do Estado.
Apesar do anúncio público, a presidente decidiu esperar até o fim das eleições municipais de 2012 para liberar os recursos. Ocorre que o novo prefeito, Gustavo Fruet (PDT), que era tucano, mas agora se aliou à presidente, recalculou o custo da obra e concluiu que seria preciso quase dobrar o orçamento, que saltou para R$ 4,6 bilhões.
Segundo a assessoria do Ministério das Cidades, a verba não foi liberada justamente porque houve um "redimensionamento" do projeto que exigiu uma "complementação" de recursos de todas as partes. A fatia do governo na obra saltou de R$ 1 bilhão para R$ 2 bilhões. O aumento justificaria o novo anúncio, diz o governo.
"Quando o governo fez o anúncio em 2011 o projeto era um, mas agora é outro. Naquela vez, ele foi feito de maneira apressada pela prefeitura e pelo governo estadual", explicou ao Estado o deputado paranaense André Vargas (PT), vice-presidente da Câmara e aliado de Gleisi. Segundo ele, não houve liberação de verbas em 2012 "porque não havia projeto".
A assessoria de imprensa do Planalto acrescenta que o novo projeto é bem mais ousado que o primeiro. A versão anterior tinha trilhos subterrâneos e aéreos (BRTs) e teria 14 km. A atual será subterrânea e terá 17 km.
A cerimônia de ontem foi marcada pelo tom ecumênico entre petistas e tucanos. "A sra. foi responsável pelo maior investimento em 20 anos (na capital)", disse Fruet a Dilma. O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, ressaltou que o anúncio representava "o exercício da boa política". Richa celebrou "a consolidação de uma grande união".
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