Pular para o conteúdo principal

Ibope: Dilma vence no 1º turno mesmo se Marina for candidata

Em três dos quatro cenários avaliados pelo instituto, Dilma tem entre 39% e 41% das intenções de voto, mais do que a soma das preferências pelos adversários

 
Pesquisa Ibope em parceria com o Estado mostra que, se as eleições fossem hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) venceria no 1º turno seus prováveis adversários: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Com Marina Silva no lugar de Campos, a oposição reforçaria as suas chances.
Dilma, durante a cerimonia de anuncio do resultado da selecao do PAC 2 nesta quinta - Ed Ferreira/Estadão
Ed Ferreira/Estadão
Dilma, durante a cerimonia de anuncio do resultado da selecao do PAC 2 nesta quinta

A possibilidade técnica de 2º turno, porém, só ocorre hoje quando o cenário inclui a ex-ministra do Meio Ambiente no lugar do governador de Pernambuco e o ex-governador tucano José Serra no lugar do senador mineiro. Em uma eventual segunda rodada da disputa, Dilma venceria com folga Marina, Campos, Aécio e Serra, aponta o Ibope.
Nas simulações de 1º turno, Dilma aparece com 39% a 41% das intenções de voto nos quatro cenários avaliados. Em três deles, ela teria hoje mais do que a soma das preferências pelos adversários - condição necessária para vencer no 1º turno.
A vantagem da presidente (41%) é folgada quando seus adversários são Aécio (14%) e Campos (10%). Nesse quadro - o mais provável, dada a composição de forças existente hoje no PSDB e no PSB -, Dilma tem 17 pontos porcentuais a mais do que a soma dos concorrentes.
No cenário com Serra, o tucano teria 18%, quatro pontos a mais que Aécio. Campos continuaria com seus 10% e Dilma oscilaria para 40%. A vantagem da presidente sobre a soma dos adversários seria menor, mas ainda confortável: 12 pontos.
A situação muda com a inclusão de Marina nas simulações - não porque ela consiga tirar votos de Dilma, mas por causa da queda acentuada no número de indecisos. No cenário com Dilma e Aécio, Marina aparece com 21%, mais do que o dobro do índice de Campos - embora a petista e o tucano tenham apenas oscilado para baixo, respectivamente, dois pontos e um ponto porcentual. A vantagem da presidente sobre a soma dos rivais, nesse caso, encolhe para cinco pontos.
Na alternativa com Dilma e Serra, Marina volta a aparecer com 21%, atrás da petista (39%) e na frente do tucano (16%). A vantagem da presidente sobre os adversários somados, porém, praticamente desaparece: 39% a 37%, dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.


Segundo Márcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência, o que explica a vantagem menor de Dilma nos cenários testados com Serra e Marina é o fato de esses candidatos serem mais conhecidos pelo eleitorado do que Campos e Aécio.
Marina pretendia se candidatar à Presidência pela Rede Sustentabilidade, partido que vinha organizando desde o ano passado. Mas a legenda não coletou o número mínimo de assinaturas de eleitores para obter registro na Justiça Eleitoral.
Plano B. O plano B de Marina foi se filiar às pressas no PSB de Eduardo Campos, a quem declarou apoio. Seu nome foi incluído nos cenários pesquisados pelo Ibope porque há especulações no mundo político sobre a viabilidade da candidatura de Campos, bem menos conhecido e com menos base social do que sua potencial companheira de chapa.
O mesmo ocorre em relação a Serra: Aécio domina hoje o PSDB, mas o ex-governador de São Paulo diz ter mais chances de vitória nas urnas e diz que o partido ainda não definiu seu candidato para 2014.
Em um eventual segundo turno, Dilma venceria todos os adversários avaliados pela pesquisa IbopeEstadão. Contra Marina - o cenário mais apertado - , a presidente teria 42% contra 29%. Com Eduardo Campos na disputa, a presidente teria vantagem de 27 pontos porcentuais, vencendo por 45% a 18%.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.