EUA não deixarão que Alemanha entre em sua embaixada após casos de espionagem
O embaixador John Emerson lembrou a inviolabilidade das representações diplomáticas garantida pela Convenção de Viena
Manifestantes seguram um cartaz em apoio ao ex-analista na NSA Edward Snowden (AFP)
O embaixador lembrou, além disso, que, por enquanto, não houve nenhum pedido formal por parte da Justiça alemã, apesar da procuradoria federal ter aberto diligências preliminares em junho, quando foi revelado o programa de escutas em massa dos EUA. Emerson mostrou, no entanto, sua “compreensão” perante a indignação que causaram na Alemanha as informações que indicam que os EUA espionaram durante anos um telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel, mas evitou comentá-las.
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O chefe da diplomacia dos EUA na Alemanha assegurou levar “muito a sério” as acusações, mas assegurou que ainda é cedo para pedir perdão. “Não se trata de palavras. Trata-se de fatos”, disse Emerson, que considerou que o processo de esclarecimento do incidente será “longo”. Emerson também se negou a falar sobre a estrutura do edifício no qual está a embaixada, apesar da insistência dos jornalistas.
Na semana passada, o jornal alemão Süddeutsche Zeitung informou que os equipamentos de espionagem se encontravam em um terraço da embaixada dos EUA, situado junto ao Portão de Brandemburgo, em frente ao memorial do Holocausto e próximo ao distrito governamental de Berlim.
Emerson foi convocado na semana passada pelo Ministério das Relações Exteriores alemão, depois que a chancelaria informou sobre suas suspeitas de que um telefone de Merkel tinha sido grampeado pelos serviços de inteligência americanos. Foi a primeira vez que a Alemanha convocou um embaixador de um país aliado desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
(Com agência EFE)
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