Governo tem pressa na produção de Libra
Ideia é que bônus de assinatura seja pago em novembro, reforçando o caixa do Tesouro, e que os trabalhos comecem o mais cedo possível
BRASÍLIA - O governo quer acelerar os investimentos da Petrobrás em Libra. Se os sócios tiverem condições, a ideia é pagar o bônus de assinatura já em novembro e que o grupo possa iniciar a produção o quanto antes. Assim, será antecipado o reforço de caixa para o Tesouro Nacional e, depois, também para as empresas.
Essa foi uma das linhas de atuação discutidas ontem numa reunião de quase quatro horas entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente da estatal, Graça Foster. Eles avaliaram o resultado do leilão, que consideraram positivo. Também concordaram que a Petrobrás agiu de forma correta na disputa, deixando para apresentar sua proposta no último momento, quando ficou claro que não haveria outros concorrentes.
O reajuste do preço da gasolina e do diesel também foi abordado, mas não de forma conclusiva. Já está claro para Graça que o aumento virá no máximo em janeiro. O Planalto apenas avalia o momento mais adequado de autorizar a elevação do preço, para facilitar o trabalho do Banco Central de entregar, em 2013, uma taxa de inflação inferior aos 5,84% registrados em 2012.
A avaliação cada vez mais cristalizada no governo de que a estatal teria um importante alívio de caixa com o aumento, embora não dependa disso para pagar os R$ 6 bilhões de bônus de assinatura de Libra, foi reforçada ontem pela agência de classificação de risco Fitch.
Graça e Mantega discutiram também a possibilidade de a estatal captar recursos no mercado externo, uma hipótese que já havia sido levantada pelo próprio Mantega e também pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ontem, o Tesouro Nacional fez uma emissão de títulos de dez anos no exterior, cujo objetivo é fixar um parâmetro para que empresas públicas e privadas façam o mesmo (ler mais na pág. B6).
Os planos de acelerar a produção foram comentados pela presidente da estatal ao final do encontro com o ministro. "Temos alguns planos de desenvolvimento, uma série de atividades que queremos antecipar para que a gente possa produzir esse óleo da forma mais organizada possível, no menor espaço de tempo e no menor custo", explicou. "Tratamos dos investimentos de Libra, de como vão se dar as curvas de investimento. Saímos de um leilão e precisava conversar com o presidente do conselho (de administração da Petrobrás)."
Em entrevista, a executiva negou que tenha discutido o reajuste dos combustíveis e reafirmou que não precisa dele para pagar o bônus de assinatura. "Temos como pagar os R$ 6 bilhões", disse. Amanhã será divulgado o balanço da estatal do terceiro trimestre.
Segundo Graça, os planos de investimento da estatal para 2013 continuam iguais. Para 2014, haverá um novo plano de negócios, mas ela adiantou que os investimentos iniciais não são de grande volume. "Só digo para vocês que nos primeiros dois ou três anos, os investimentos de Libra não são expressivos e que a nossa produção começa a aumentar no quarto trimestre." Para 2014, informou, a Petrobrás tem atividades relacionadas ao plano exploratório mínimo e investimentos muito pequenos. "Aí no ano que vem, a gente elabora o próximo plano", disse.
Essa foi uma das linhas de atuação discutidas ontem numa reunião de quase quatro horas entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente da estatal, Graça Foster. Eles avaliaram o resultado do leilão, que consideraram positivo. Também concordaram que a Petrobrás agiu de forma correta na disputa, deixando para apresentar sua proposta no último momento, quando ficou claro que não haveria outros concorrentes.
O reajuste do preço da gasolina e do diesel também foi abordado, mas não de forma conclusiva. Já está claro para Graça que o aumento virá no máximo em janeiro. O Planalto apenas avalia o momento mais adequado de autorizar a elevação do preço, para facilitar o trabalho do Banco Central de entregar, em 2013, uma taxa de inflação inferior aos 5,84% registrados em 2012.
A avaliação cada vez mais cristalizada no governo de que a estatal teria um importante alívio de caixa com o aumento, embora não dependa disso para pagar os R$ 6 bilhões de bônus de assinatura de Libra, foi reforçada ontem pela agência de classificação de risco Fitch.
Graça e Mantega discutiram também a possibilidade de a estatal captar recursos no mercado externo, uma hipótese que já havia sido levantada pelo próprio Mantega e também pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ontem, o Tesouro Nacional fez uma emissão de títulos de dez anos no exterior, cujo objetivo é fixar um parâmetro para que empresas públicas e privadas façam o mesmo (ler mais na pág. B6).
Os planos de acelerar a produção foram comentados pela presidente da estatal ao final do encontro com o ministro. "Temos alguns planos de desenvolvimento, uma série de atividades que queremos antecipar para que a gente possa produzir esse óleo da forma mais organizada possível, no menor espaço de tempo e no menor custo", explicou. "Tratamos dos investimentos de Libra, de como vão se dar as curvas de investimento. Saímos de um leilão e precisava conversar com o presidente do conselho (de administração da Petrobrás)."
Em entrevista, a executiva negou que tenha discutido o reajuste dos combustíveis e reafirmou que não precisa dele para pagar o bônus de assinatura. "Temos como pagar os R$ 6 bilhões", disse. Amanhã será divulgado o balanço da estatal do terceiro trimestre.
Segundo Graça, os planos de investimento da estatal para 2013 continuam iguais. Para 2014, haverá um novo plano de negócios, mas ela adiantou que os investimentos iniciais não são de grande volume. "Só digo para vocês que nos primeiros dois ou três anos, os investimentos de Libra não são expressivos e que a nossa produção começa a aumentar no quarto trimestre." Para 2014, informou, a Petrobrás tem atividades relacionadas ao plano exploratório mínimo e investimentos muito pequenos. "Aí no ano que vem, a gente elabora o próximo plano", disse.
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