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Governo alemão suspeita que EUA grampearam telefone de Angela Merkel  

Indícios levaram chanceler alemã a ligar para Obama para pedir esclarecimentos

Presidente americano, Barack Obama, acena ao lado da chanceler da Alemanha, Angela Merkel
Barack Obama e Angela Merkel, em fotografia tirada no ano passado (AFP)
O governo alemão divulgou nesta quarta-feira que obteve indícios de que serviços de inteligência dos EUA grampearam o telefone celular da chanceler Angela Merkel. A suspeita levou a chefe de governo a ligar nesta quarta-feira para o presidente Barack Obama e pedir esclarecimentos. Segundo a chancelaria alemã, Merkel deixou claro que, se a informação for confirmada, o caso vai representar uma 'grave quebra de confiança' entre os dois países.
"Nós rapidamente enviamos um pedido aos americanos solicitando um esclarecimento imediato e abrangente", disse o porta-voz Steffen Seibert, em comunicado.
Leia também: NSA espionou 70 milhões de ligações na França, diz jornal
A revista alemã Der Spiegel afirma que os indícios do grampo apareceram depois de uma revisão dos mecanismos de segurança dos serviços de comunicação da chancelaria alemã.
O governo alemão não especificou se o grampo é recente ou se ainda está ativo. Um porta-voz do Conselho de Segurança dos EUA disse à revista que Obama assegurou para Merkel “que os Estados Unidos não monitoram suas comunicações”. A agência Reuters também informou que a Casa Branca negou as suspeitas.  "A NSA não a está espionando agora e nem o fará", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
A acusação surge dois dias após o jornal francês Le Monde revelar que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) monitorou 70 milhões de chamadas na França e espionou diplomatas do país em 2010. A reportagem foi elaborada com base em documentos vazados pelo ex-analista Edward Snowden. No fim de semana, havia sido a vez da Der Spiegel revelar que a agência havia monitorado os e-mails do ex-presidente mexicano Felipe Calderón

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