Anistia Internacional pede explicação dos EUA sobre morte de civis por drones
Investigação apontou que 18 trabalhadores morreram no Paquistão em um ataque em 2012
ISLAMABAD - Drones dos EUA mataram 18 trabalhadores civis e uma senhora paquistanesa no ano passado, disse a Anistia Internacional nesta terça-feira, 22, fazendo novas revelações a respeito de um assunto que provoca fortes tensões entre os governos de Washington e Islamabad. A organização pede explicações do governo americano.
O Paquistão se opõe publicamente ao uso dos drones (aviões não tripulados) em seu território, alegando que matam não só militantes como também muitos civis. A dimensão precisa dessas mortes não está clara porque jornalistas e pesquisadores independentes têm acesso limitado às regiões afetadas.
A Anistia diz ter realizado uma investigação minuciosa de dois ataques na região tribal paquistanesa do Waziristão do Norte. Um dos casos citados é o de Mamana Bibi, de 68 anos, esposa de um diretor de escola aposentado. Ela morreu enquanto colhia legumes na sua horta; cinco netos dela ficaram feridos.
"Ficamos realmente chocados, especialmente com o caso da avó. De início achamos que não poderia ser verdade, deveria haver algo além disso", afirmou Mustafa Qadri, pesquisador da Anistia que escreveu o relatório. "Pessoas que claramente não são uma ameaça iminente aos EUA, não estão lutando contra os EUA, estão sendo mortas. Os EUA têm de se explicar claramente com justificativas para esses assassinatos."
No segundo ataque, 18 homens e adolescentes - o mais jovem com 14 anos - foram mortos quando conversavam numa sombra, ao final de um dia de trabalho, na localidade de Zowi Sidgi, em julho de 2012.
Simultaneamente à divulgação da investigação, a Human Rights Watch, em um relatório de 96 páginas, também fala da morte de civis por drones americanos. Segundo a ONG, ataques mataram dezenas de civis no Iêmen, em meio a operações americanas contra a presença da Al-Qaeda no país.
O relatório detalha seis ataques "não admitidos" dos EUA que podem ter violado o direito internacional. Uma das ofensivas ocorreu em 2009 e os outros, em 2012 e 2013, segundo a HRW. Eles mataram 82 pessoas, sendo 57 civis.
Em dezembro de 2009, a Marinha americana usou até cinco mísseis para bombardear uma aldeia. Inicialmente o governo iemenita disse que 34 "terroristas" haviam sido mortos, mas os investigadores iemenitas posteriormente concluíram, segundo a HRW, que apenas 14 militantes haviam sido mortos no ataque, junto com pelo menos 41 civis, sendo nove mulheres e 21 crianças./ REUTERS
Uso de drones é contestado pelo Paquistão
A Anistia diz ter realizado uma investigação minuciosa de dois ataques na região tribal paquistanesa do Waziristão do Norte. Um dos casos citados é o de Mamana Bibi, de 68 anos, esposa de um diretor de escola aposentado. Ela morreu enquanto colhia legumes na sua horta; cinco netos dela ficaram feridos.
"Ficamos realmente chocados, especialmente com o caso da avó. De início achamos que não poderia ser verdade, deveria haver algo além disso", afirmou Mustafa Qadri, pesquisador da Anistia que escreveu o relatório. "Pessoas que claramente não são uma ameaça iminente aos EUA, não estão lutando contra os EUA, estão sendo mortas. Os EUA têm de se explicar claramente com justificativas para esses assassinatos."
No segundo ataque, 18 homens e adolescentes - o mais jovem com 14 anos - foram mortos quando conversavam numa sombra, ao final de um dia de trabalho, na localidade de Zowi Sidgi, em julho de 2012.
Simultaneamente à divulgação da investigação, a Human Rights Watch, em um relatório de 96 páginas, também fala da morte de civis por drones americanos. Segundo a ONG, ataques mataram dezenas de civis no Iêmen, em meio a operações americanas contra a presença da Al-Qaeda no país.
O relatório detalha seis ataques "não admitidos" dos EUA que podem ter violado o direito internacional. Uma das ofensivas ocorreu em 2009 e os outros, em 2012 e 2013, segundo a HRW. Eles mataram 82 pessoas, sendo 57 civis.
Em dezembro de 2009, a Marinha americana usou até cinco mísseis para bombardear uma aldeia. Inicialmente o governo iemenita disse que 34 "terroristas" haviam sido mortos, mas os investigadores iemenitas posteriormente concluíram, segundo a HRW, que apenas 14 militantes haviam sido mortos no ataque, junto com pelo menos 41 civis, sendo nove mulheres e 21 crianças./ REUTERS
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