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Primeiro porta-aviões da China entra em atividade

Anúncio é feito pelo governo em meio a momento de tensão com o vizinho Japão. Embarcação, comprada da Ucrânia, passou por reforma completa

China apresenta seu primeiro porta-aviões
China apresenta seu primeiro porta-aviões                                     
O governo da China anunciou nesta terça-feira que seu primeiro porta-aviões entrou em atividade de forma oficial nesta terça-feira e o Ministério da Defesa apontou que a embarcação vai ajudar o país a projetar seu poderio marítimo e a defender o território chinês, em um momento de grande tensão com o Japão em razão de uma disputa territorial pelas ilhas Diaoyu, como são chamadas pelos chineses – entre os japoneses, elas são conhecidas como Senkaku.

"Esta manhã, o primeiro porta-aviões chinês, o Liaoning, foi oficialmente admitido no serviço ativo", apontou um comunicado do ministério chinês da Defesa. "A entrada deste porta-aviões nas fileiras militares irá elevar o nível de modernização das forças operacionais navais da China de forma geral", concluiu a nota do Ministério.
Saiba mais: Por ilhas, Japão e Taiwan travam 'guerra' de jatos de água

O Liaoning foi originalmente comprado da Ucrânia e passou por profundas reformas no porto chinês de Dalian para promover a "defesa dos interesses da soberania, da segurança e do desenvolvimento do estado".



Análise - Especialistas militares, no entanto, acreditam que o porta-aviões, que recebe o nome de uma província do nordeste do país, terá um papel operacional limitado e será usado principalmente para treinamento. "Uma vez que todas as grandes potências, e até mesmo alguns países de proporção pequena ou média, possuem um porta-aviões, é natural que a China tenha o seu próprio", afirmou o contra-almirante Yang Yi, em um comentário publicado no jornal China Daily.
Leia também: Enviado do Japão vai à China tentar aliviar tensão por ilhas

"A China tem uma vasta área de mares e enormes direitos e interesses marítimos que precisa proteger. Os crescentes interesses internacionais da China exigem uma Marinha forte para fornecer garantias de segurança", destacou Yi, ex-diretor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade da Defesa Nacional do Exército de Libertação do Povo Chinês.

O Liaoning deve ser usado principalmente em pesquisas científicas e treinamento, afirmou o contra-almirante, destacando que ele ainda ajudaria a China a afirmar seu poderio militar. "Nós somos a favor da paz, mas não temos medo de qualquer ameaça ou intimidação", concluiu.

A disputa pelas ilhas desgastou as relações entre as duas potências econômicas vizinhas e provocou protestos contra o Japão por toda a China.



Veja mais informações no quadro abaixo:

Entenda como ilhotas colocaram a China contra o Japão

A soberania de oito ilhas rochosas provocou crise diplomática entre dois fortes parceiros comerciais e desatou uma onda de protestos anti-Japão em cidades chinesas.

Qual é o contexto histórico da disputa?

Barco japonês navega na região das ilhas Senkaku, disputadas por Japão, China e Taiwan A disputa pelas ilhas data de 1895. Segundo o Japão, nessa época a China cedeu o território ao perder a guerra sino-japonesa. A China diz que o Japão tomou ilegalmente o território ao forçar a dinastia Qing a assinar o Tratado de Shimonoseki. Durante a II Guerra Mundial, os Estados Unidos administraram as ilhas, mas as devolveram ao Japão em seguida. A China diz ter recuperado a soberania das ilhas após o conflito com a Proclamação de Potsdam, de 1945, mas o Japão diz que elas não estavam incluídas em um acordo posterior, o Tratado de Paz de San Francisco, de 1951. Em 1971, tanto China como Taiwan declararam soberania sobre as ilhas e, desde então, a questão virou um entrave diplomático.

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