Mediador diz na ONU que tem 'algumas ideias', mas nenhum plano para Síria
Lakhdar Brahimi classificou o conflito no país como 'uma ameaça para a paz e a segurança no mundo'
NAÇÕES UNIDAS - O mediador internacional para a Síria disse nesta
segunda-feira, 24, que tem "algumas ideias", mas não um plano completo sobre
como acabar com o conflito de 18 meses no país, que ele descreveu como
"extremamente ruim e cada vez pior". Lakhdar Brahimi fez essa avaliação depois
de sua primeira reunião com o Conselho de Segurança desde que substituiu Kofi
Annan como mediador conjunto da Liga Árabe e da ONU, em 1o de setembro.
"A situação na Síria é extremamente ruim e cada vez pior. É uma ameaça para a região e uma ameaça para a paz e a segurança no mundo", disse ele a repórteres. "Há um impasse ... mas eu acredito que nós vamos encontrar uma abertura em um futuro não muito distante."
A ONU diz que cerca de 20 mil pessoas foram mortas no conflito. Mais de 250 mil sírios fugiram para os vizinhos Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque, sendo que mais de 100 mil deixaram o país somente em agosto.
Diplomatas do conselho, falando sob condição de anonimato, descreveram a avaliação de Brahimi sobre o conflito como pessimista, dizendo que, apesar das afirmações do governo de que está comprometido com a reforma, Damasco procura retratar a revolta como uma conspiração estrangeira e volta a agir como as coisas costumavam ser. "Não se pode voltar para a Síria do passado", disse Brahimi. "A reforma não é mais suficiente, o que é necessário é a mudança."
Um diplomata afirmou que embora Brahimi não tenha revelado muito ao conselho sobre seus planos, ele foi "firme" em colocar a maior parte da culpa pelo conflito no governo de Assad. Os diplomatas condenaram a violência, mas não ofereceram novas ideias de como resolvê-la.
"A situação na Síria é grave. Precisamos fazer tudo que pudermos para acabar com a violência e a morte de tantas pessoas inocentes", declarou o ministro do Exterior alemão, Guido Westerwelle, a jornalistas. A Alemanha ocupa a presidência do conselho de setembro.
Lakhdar Brahimi diz que conflito sírio é
'cada vez pior'
Veja também: ONU
precisa de milhões de dólares para alimentar sírios
Vizinhos da Síria querem estender investigação sobre crimes de guerra
Em seu primeiro mês no cargo, ele se reuniu com o presidente sírio, Bashar
Assad, em Damasco, e visitou campos de refugiados na Turquia e na Jordânia. "Eu
não tenho um plano completo para o momento, mas tenho algumas ideias", declarou
o veterano diplomata argelino. "Concordei com o conselho e vou voltar aqui o
mais breve possível com mais ideias sobre como podemos avançar." Vizinhos da Síria querem estender investigação sobre crimes de guerra
"A situação na Síria é extremamente ruim e cada vez pior. É uma ameaça para a região e uma ameaça para a paz e a segurança no mundo", disse ele a repórteres. "Há um impasse ... mas eu acredito que nós vamos encontrar uma abertura em um futuro não muito distante."
A ONU diz que cerca de 20 mil pessoas foram mortas no conflito. Mais de 250 mil sírios fugiram para os vizinhos Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque, sendo que mais de 100 mil deixaram o país somente em agosto.
Diplomatas do conselho, falando sob condição de anonimato, descreveram a avaliação de Brahimi sobre o conflito como pessimista, dizendo que, apesar das afirmações do governo de que está comprometido com a reforma, Damasco procura retratar a revolta como uma conspiração estrangeira e volta a agir como as coisas costumavam ser. "Não se pode voltar para a Síria do passado", disse Brahimi. "A reforma não é mais suficiente, o que é necessário é a mudança."
Um diplomata afirmou que embora Brahimi não tenha revelado muito ao conselho sobre seus planos, ele foi "firme" em colocar a maior parte da culpa pelo conflito no governo de Assad. Os diplomatas condenaram a violência, mas não ofereceram novas ideias de como resolvê-la.
"A situação na Síria é grave. Precisamos fazer tudo que pudermos para acabar com a violência e a morte de tantas pessoas inocentes", declarou o ministro do Exterior alemão, Guido Westerwelle, a jornalistas. A Alemanha ocupa a presidência do conselho de setembro.
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