Para Irã, ataques cibernéticos são piores que guerra física
Vírus de computador que atacam usinas atrasam programa nuclear do país
Usina nuclear iraniana de Natanz, uma das atacadas por vírus
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"Nós nos armamos com novas ferramentas, porque uma guerra cibernética é mais perigosa que uma guerra física", afirmou Abdollah Araqi, vice-comandante das forças terrestres na Guarda Revolucionária Islâmica, de acordo com a Agência de Notícias dos Estudantes Iranianos (Isna).
A República Islâmica reforçou a segurança cibernética desde que suas centrífugas de enriquecimento de urânio foram atingidas em 2010 pelo vírus de computador Stuxnet, que teria vindo dos Estados Unidos, segundo o jornal The New York Times. Além disso, Israel ameaçou bombardear instalações nucleares iranianas se os esforços diplomáticos não interromperem o programa atômico que teria como objetivo a obtenção da capacidade de fabricar armas, uma acusação que Teerã nega.
Muitos analistas estão céticos de que ataques aéreos poderiam destruir completamente os projetos nucleares do Irã, e acham que os ataques cibernéticos como o Stuxnet podem ser mais eficazes. O Irã detectou um vírus de computador em abril dentro dos sistemas de controle da Ilha de Kharg - que lida com a grande maioria de suas exportações de petróleo -, mas o terminal permaneceu operacional.
Teerã está trabalhando no desenvolvimento de uma Internet nacional, dizendo que isso iria melhorar a segurança cibernética. Mas muitos iranianos acreditam que o plano é a mais recente forma de controlar o acesso à web, já altamente censurado. No domingo, o Irã negou que seus hackers atacaram bancos americanos, depois de uma reportagem da Reuters afirmando que três dos maiores credores dos EUA foram repetidamente atacados ao longo do último ano.
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