Navios chineses entram em águas disputadas com Japão
O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, afirmou que a possível chegada de mais barcos chineses ao local levaria a disputa ‘a um novo nível’
Navio chinês nas águas das ilhas Senkaku, chamadas Diaoyu pela China
Segundo uma matéria publicada no site do canal, as embarcações teriam permanecido nas águas “japonesas” por cerca de 40 minutos. A matéria ainda cita fontes chinesas ao afirmar que 1.000 navios pesqueiros que deixaram as províncias chinesas de Zhejiang e Fujian devem ancorar nas proximidades do arquipélago.
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O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, disse, em entrevista ao jornal Asahi Shimbun, que a possível chegada destes barcos levaria a disputa "a um novo nível". “O governo está esperando para ver o que acontece no momento. Mas não podemos ficamos sentados de braços cruzados vendo os barcos de pesca chegarem às ilhas Senkaku”, disse.
O secretário da Defesa americano, Leon Panetta
Estados Unidos - Em visita à China, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, se reuniu com o ministro da Defesa chinês, Liang Guanglie, a fim de reforçar os laços militares bilaterais. "Com certeza, continuamos esperando uma solução pacífica e negociada para o tema", disse o político chinês após o encontro. Durante a reunião, os países discutiram a disputa territorial entre os países vizinhos, além das intenções americanas de transferir 60% de sua frota naval ao Pacífico até 2020, projeto que a China vê com suspeita.
Panetta chegou na segunda-feira à China vindo do Japão, primeira parada de uma viagem de uma semana pela região. Em Tóquio, o secretário de Defesa americano insistiu que seu país tem uma posição neutra na disputa sobre a soberania do arquipélago.
O governo chinês pediu a Panetta, no entanto, que Washington se mantenha afastado do conflito diplomático entre Pequim e Tóquio em torno das ilhas. Os veículos oficiais chineses acusam os Estados Unidos de jogar dos dois lados, já que, se por um lado as autoridades americanas se apresentavam diante de Pequim como "neutras", para Tóquio afirmavam - antes da visita oficial - que seu pacto bilateral de segurança com o Japão inclui o território do arquipélago.
Protestos – Manifestações contra o Japão têm acontecido frequentemente em cidades chinesas em razão da disputa pelas ilhas, causando uma onda de distúrbios que fizeram com que fábricas japonesas suspendessem sua atividade no país. Neste contexto, milhares de pessoas saíram às ruas pelo oitavo dia consecutivo nesta terça-feira – data que marca o aniversário do "incidente de Mukden" que, em 18 de setembro de 1931, serviu de pretexto para o Japão invadir a Manchúria, um dos prelúdios da Segunda Guerra Mundial.
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