Pular para o conteúdo principal

De Nigéria a Atenas, protestos islâmicos continuam


Estudantes iranianos gritavam 'Morte à América' e 'Morte a Israel' em frente da embaixada francesa em Teerã; muçulmanos xiitas na cidade nigeriana de Katsina queimaram bandeiras norte-americanas, francesas e israelenses

Muçulmanos realizaram protestos na Nigéria, Irã, Grécia e Turquia neste domingo contra um filme e charges que insultaram o Islã.
Manifestantes protestam na cidade paquistanesa de Rawalpindi, na sexta-feira, 21 - B.K. Bangash/AP
 
Manifestantes protestam na cidade paquistanesa de Rawalpindi, na sexta-feira, 21


Estudantes iranianos gritavam "Morte à América" e "Morte a Israel" em frente da embaixada francesa em Teerã para protestar contra a publicação pela revista satírica Charlie Hebdo de charges do profeta Maomé dias depois dos protestos - alguns fatais - contra um filme feito nos Estados Unidos.

Muçulmanos xiitas na cidade nigeriana de Katsina queimaram bandeiras norte-americanas, francesas e israelenses, e um líder religioso pediu que os protestos continuassem até que os produtores do filme e os autores das charges fossem punidos.

No Paquistão, onde quinze pessoas foram mortas em protestos na sexta-feira, um ministro do governo ofereceu 100 mil dólares para quem matasse o realizador do curta amador "The Innocence of Muslims". Os pedidos aumentaram para uma medida da ONU proibindo insultos ao Islã e blasfêmia em geral.

Em Atenas, alguns manifestantes jogaram garrafas de água, pedras e sapatos na polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo. A calma voltou quando os manifestantes interromperam o protesto para rezar.

Os protestos em todo o mundo foram relativamente calmos e pequenos, mas as embaixadas ocidentais continuavam em alerta depois que o embaixador dos EUA na Líbia e três outros norte-americanos foram mortos em um dos primeiros protestos, em 11 de setembro.

A explosão de raiva muçulmana - poucas semanas antes das eleições dos EUA - confrontou o presidente Barack Obama com um revés em seus esforços para impedir que as revoluções da "Primavera Árabe" abastecessem uma nova onda de antiamericanismo.

Na Turquia, um Estado muçulmano secular frequentemente visto como uma ponte entre o mundo islâmico e o Ocidente, os manifestantes queimaram bandeiras dos EUA e de Israel no domingo.

"Que as mãos que tocam Maomé quebrem", gritavam cerca de 200 manifestantes antes de serem dispersos.

"Nós certamente não iremos permitir protestos descontrolados, mas não iremos apenas sorrir e suportar quando o profeta do Islã é insultado", disse o primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan a membros do partido no final de semana.

"Os protestos no mundo islâmico devem ser moderados, e o Ocidente deve mostrar uma postura determinada contra a islamofobia".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.