De Nigéria a Atenas, protestos islâmicos continuam
Estudantes iranianos gritavam 'Morte à América' e 'Morte a Israel' em frente da embaixada francesa em Teerã; muçulmanos xiitas na cidade nigeriana de Katsina queimaram bandeiras norte-americanas, francesas e israelenses
Muçulmanos realizaram protestos na Nigéria, Irã, Grécia e Turquia neste
domingo contra um filme e charges que insultaram o Islã.
Estudantes iranianos gritavam "Morte à América" e "Morte a Israel" em frente da embaixada francesa em Teerã para protestar contra a publicação pela revista satírica Charlie Hebdo de charges do profeta Maomé dias depois dos protestos - alguns fatais - contra um filme feito nos Estados Unidos.
Muçulmanos xiitas na cidade nigeriana de Katsina queimaram bandeiras norte-americanas, francesas e israelenses, e um líder religioso pediu que os protestos continuassem até que os produtores do filme e os autores das charges fossem punidos.
No Paquistão, onde quinze pessoas foram mortas em protestos na sexta-feira, um ministro do governo ofereceu 100 mil dólares para quem matasse o realizador do curta amador "The Innocence of Muslims". Os pedidos aumentaram para uma medida da ONU proibindo insultos ao Islã e blasfêmia em geral.
Em Atenas, alguns manifestantes jogaram garrafas de água, pedras e sapatos na polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo. A calma voltou quando os manifestantes interromperam o protesto para rezar.
Os protestos em todo o mundo foram relativamente calmos e pequenos, mas as embaixadas ocidentais continuavam em alerta depois que o embaixador dos EUA na Líbia e três outros norte-americanos foram mortos em um dos primeiros protestos, em 11 de setembro.
A explosão de raiva muçulmana - poucas semanas antes das eleições dos EUA - confrontou o presidente Barack Obama com um revés em seus esforços para impedir que as revoluções da "Primavera Árabe" abastecessem uma nova onda de antiamericanismo.
Na Turquia, um Estado muçulmano secular frequentemente visto como uma ponte entre o mundo islâmico e o Ocidente, os manifestantes queimaram bandeiras dos EUA e de Israel no domingo.
"Que as mãos que tocam Maomé quebrem", gritavam cerca de 200 manifestantes antes de serem dispersos.
"Nós certamente não iremos permitir protestos descontrolados, mas não iremos apenas sorrir e suportar quando o profeta do Islã é insultado", disse o primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan a membros do partido no final de semana.
"Os protestos no mundo islâmico devem ser moderados, e o Ocidente deve mostrar uma postura determinada contra a islamofobia".
Veja
também:
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Manifestantes protestam na cidade
paquistanesa de Rawalpindi, na sexta-feira, 21
Estudantes iranianos gritavam "Morte à América" e "Morte a Israel" em frente da embaixada francesa em Teerã para protestar contra a publicação pela revista satírica Charlie Hebdo de charges do profeta Maomé dias depois dos protestos - alguns fatais - contra um filme feito nos Estados Unidos.
Muçulmanos xiitas na cidade nigeriana de Katsina queimaram bandeiras norte-americanas, francesas e israelenses, e um líder religioso pediu que os protestos continuassem até que os produtores do filme e os autores das charges fossem punidos.
No Paquistão, onde quinze pessoas foram mortas em protestos na sexta-feira, um ministro do governo ofereceu 100 mil dólares para quem matasse o realizador do curta amador "The Innocence of Muslims". Os pedidos aumentaram para uma medida da ONU proibindo insultos ao Islã e blasfêmia em geral.
Em Atenas, alguns manifestantes jogaram garrafas de água, pedras e sapatos na polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo. A calma voltou quando os manifestantes interromperam o protesto para rezar.
Os protestos em todo o mundo foram relativamente calmos e pequenos, mas as embaixadas ocidentais continuavam em alerta depois que o embaixador dos EUA na Líbia e três outros norte-americanos foram mortos em um dos primeiros protestos, em 11 de setembro.
A explosão de raiva muçulmana - poucas semanas antes das eleições dos EUA - confrontou o presidente Barack Obama com um revés em seus esforços para impedir que as revoluções da "Primavera Árabe" abastecessem uma nova onda de antiamericanismo.
Na Turquia, um Estado muçulmano secular frequentemente visto como uma ponte entre o mundo islâmico e o Ocidente, os manifestantes queimaram bandeiras dos EUA e de Israel no domingo.
"Que as mãos que tocam Maomé quebrem", gritavam cerca de 200 manifestantes antes de serem dispersos.
"Nós certamente não iremos permitir protestos descontrolados, mas não iremos apenas sorrir e suportar quando o profeta do Islã é insultado", disse o primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan a membros do partido no final de semana.
"Os protestos no mundo islâmico devem ser moderados, e o Ocidente deve mostrar uma postura determinada contra a islamofobia".
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