Palestinos querem reconhecimento como 'Estado observador' na ONU
Pedido será feito em Assembleia Geral da ONU e daria a mesma classificação que tem o Vaticano
JERICÓ, CISJORDÂNIA - Os palestinos vão pedir às Nações Unidas para atualizar
seu status no órgão mundial até o final do ano, o que lhes permitiria confrontar
Israel nos tribunais internacionais, disse um alto funcionário palestino nesta
quinta-feira, 20. O pedido para se tornar um "Estado observador" não membro, em
vez de apenas uma "entidade observadora", daria aos palestinos a mesma
classificação nas Nações Unidas que o Vaticano, reforçando os seus direitos
legais no momento em que as negociações de paz com Israel atingiram um impasse.
"No dia seguinte (após conseguirmos) o caráter de Estado não membro, a vida não será a mesma", disse o veterano negociador palestino Saeb Erekat, falando em seu escritório na cidade de Jericó, na Cisjordânia. "Sim, a ocupação vai continuar, os assentamentos continuarão, os crimes dos colonos podem continuar, mas haverá consequências", afirmou ele a repórteres.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, buscou reconhecimento de Estado soberano nas Nações Unidas no ano passado. Esse pedido ambicioso tinha que passar pelo Conselho de Segurança da ONU, mas não conseguiu reunir votos suficientes diante da dura pressão dos EUA.
Abbas vai discursar na Assembleia Geral em 27 de setembro, e em seguida seus assessores consultarão outros países antes de apresentar o pedido para se tornar um Estado observador. Eles vão alegar que as terras tomadas por Israel na guerra de 1967, com Jerusalém Oriental como a capital, são território palestino.
Israel anexou Jerusalém Oriental e construiu 120 assentamentos na Cisjordânia ocupada. Atualmente há cerca de 500 mil israelenses vivendo além da chamada linha verde de 1967, originalmente uma linha de armistício e não os limites legais de um Estado palestino.
Veja também: Palestinos
estão ficando mais pobres, diz relatório da ONU
Israel adiantará repasse de dinheiro para a Palestina
Tal movimento precisa ser apoiado pela maioria na Assembleia Geral da ONU, de
193 nações. Na assembleia resoluções não podem ser vetadas pelos EUA, poderoso
aliado de Israel. Israel adiantará repasse de dinheiro para a Palestina
"No dia seguinte (após conseguirmos) o caráter de Estado não membro, a vida não será a mesma", disse o veterano negociador palestino Saeb Erekat, falando em seu escritório na cidade de Jericó, na Cisjordânia. "Sim, a ocupação vai continuar, os assentamentos continuarão, os crimes dos colonos podem continuar, mas haverá consequências", afirmou ele a repórteres.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, buscou reconhecimento de Estado soberano nas Nações Unidas no ano passado. Esse pedido ambicioso tinha que passar pelo Conselho de Segurança da ONU, mas não conseguiu reunir votos suficientes diante da dura pressão dos EUA.
Abbas vai discursar na Assembleia Geral em 27 de setembro, e em seguida seus assessores consultarão outros países antes de apresentar o pedido para se tornar um Estado observador. Eles vão alegar que as terras tomadas por Israel na guerra de 1967, com Jerusalém Oriental como a capital, são território palestino.
Israel anexou Jerusalém Oriental e construiu 120 assentamentos na Cisjordânia ocupada. Atualmente há cerca de 500 mil israelenses vivendo além da chamada linha verde de 1967, originalmente uma linha de armistício e não os limites legais de um Estado palestino.
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