Entenda a expressão ‘tsunami monetário’
SÃO PAULO - De tempos em tempos, as expressões utilizadas pelos economistas se renovam e ganham novas palavras. Atualmente, o termo que domina o noticiário econômico é o "tsunami monetário", expressão criada pela presidente Dilma Rousseff ao criticar as ações de países em crise que, para tentar estimular a economia, estão gerando um excesso de liquidez no mercado global.
Há cerca de três anos, desde o início da crise, Estados Unidos e países da Europa tentam estimular consumo e produção em suas economias despejando grandes montantes de dinheiro no mercado, em empréstimos aos bancos. O Brasil e outros países emergentes têm atraído muito desses recursos em forma de investimento. O lado negativo é que a entrada maciça de dólares no País pressiona o câmbio. A valorização prolongada do real frente ao dólar prejudica as exportações nacionais e aumenta as importações, a ponto de alguns economistas afirmarem que o Brasil passa por um processo de desindustrialização.
O tamanho do "tsunami monetário" ninguém sabe ao certo. Reportagem publicada em O Estado de S. Paulo aponta para uma injeção de US$ 8,8 trilhões nos três anos de crise. O valor corresponde a quatro vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Uma das questões que são levantadas é se esses empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) às instituições financeiras têm de fato circulado na economia. Há alguns dias, uma reportagem informou que os bancos comerciais depositaram um valor recorde de € 777 bilhões no BCE em depósitos de um dia, o que representa três quartos do valor que o BCE colocou no sistema financeiro. Ou seja, o dinheiro que os bancos deveriam repassar à sociedade em forma de crédito foi guardado no próprio BCE numa espécie de poupança bancária. O receio ainda é grande e as instituições têm preferido deixar o dinheiro parado ao invés de emprestar a juros maiores, mas tomar risco.
O governo já tomou algumas medidas para tentar diminuir a entrada de dólares no País. Na semana passada, por exemplo, o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) foi elevado para empréstimos no exterior. Ao que tudo indica, novas medidas devem ser tomadas. Uma delas, deve ser uma redução maior do juro básico (Selic), que baliza o rendimento dos títulos públicos. A queda do juro tornaria os investimentos em títulos menos atrativos e poderia frear em parte a entrada de moeda estrangeira no País.
Há cerca de três anos, desde o início da crise, Estados Unidos e países da Europa tentam estimular consumo e produção em suas economias despejando grandes montantes de dinheiro no mercado, em empréstimos aos bancos. O Brasil e outros países emergentes têm atraído muito desses recursos em forma de investimento. O lado negativo é que a entrada maciça de dólares no País pressiona o câmbio. A valorização prolongada do real frente ao dólar prejudica as exportações nacionais e aumenta as importações, a ponto de alguns economistas afirmarem que o Brasil passa por um processo de desindustrialização.
O tamanho do "tsunami monetário" ninguém sabe ao certo. Reportagem publicada em O Estado de S. Paulo aponta para uma injeção de US$ 8,8 trilhões nos três anos de crise. O valor corresponde a quatro vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Uma das questões que são levantadas é se esses empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) às instituições financeiras têm de fato circulado na economia. Há alguns dias, uma reportagem informou que os bancos comerciais depositaram um valor recorde de € 777 bilhões no BCE em depósitos de um dia, o que representa três quartos do valor que o BCE colocou no sistema financeiro. Ou seja, o dinheiro que os bancos deveriam repassar à sociedade em forma de crédito foi guardado no próprio BCE numa espécie de poupança bancária. O receio ainda é grande e as instituições têm preferido deixar o dinheiro parado ao invés de emprestar a juros maiores, mas tomar risco.
O governo já tomou algumas medidas para tentar diminuir a entrada de dólares no País. Na semana passada, por exemplo, o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) foi elevado para empréstimos no exterior. Ao que tudo indica, novas medidas devem ser tomadas. Uma delas, deve ser uma redução maior do juro básico (Selic), que baliza o rendimento dos títulos públicos. A queda do juro tornaria os investimentos em títulos menos atrativos e poderia frear em parte a entrada de moeda estrangeira no País.
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