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Espanha nega notícia sobre congelamento de pensões

Agência afirma que governo vai parar de reajustar pensões e aumentar a idade de aposentaria para 67 anos, como estratégias para conter gastos

Mariano Rajoy, primeiro-ministro da Espanha
Mariano Rajoy, primeiro-ministro da Espanha, foi forçado no começo deste ano a quebrar promessas de campanha como não aumentar impostos.                                     
A vice-primeira-ministra da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, negou nesta sexta-feira que o governo esteja estudando congelar as pensões. Ela respondeu a especulações de que o país está avaliando congelar as pensões e acelerar um aumento planejado na idade da aposentadoria, como estratégia de cortar gastos e atingir meta de déficit fiscal, condição necessária para receber ajuda internacional para salvar seu sistema financeiro.
Já está certo que a idade de aposentadoria passará de 65 para 67 anos, segundo fontes afirmaram nesta sexta-feira, enquanto o governo ainda avalia se acaba com o reajuste do valor das pensões, que hoje é atrelado à inflação anual, o que congelaria as mesmas.
A Espanha, o novo epicentro da crise da dívida da zona do euro depois de Grécia, Irlanda e Portugal, está hesitando em pedir ajuda externa para lidar com o alto déficit público e o aumento da dívida. Seus custos de empréstimos caíram na quinta-feira num leilão de títulos de dez anos, mas o alívio pode ter pouca duração.
As novas ações no setor previdenciário, que podem ser anunciadas já na semana que vem com o orçamento de 2013, devem enviar um forte sinal aos investidores de que a Espanha está seriamente comprometida em implementar reformas estruturais que foram atrasadas por causa de custo político.
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Mudança de tom - O primeiro-ministro Mariano Rajoy, que foi forçado no começo deste ano a quebrar promessas de campanha como não aumentar impostos, afirmou repetidas vezes que não tocará nas pensões, mas tem poucas opções restantes para diminuir o orçamento, depois dos fortes cortes de custos.
Ele amenizou o tom na semana passada e disse que isso seria "a última coisa" que ele faria. Fontes disseram que os comentários de Rajoy são um sinal de que sua posição está mudando. "Ele acabou de dizer que não cortará as pensões. Mas você ouviu mais alguma coisa? Nós sabemos que há várias formas de cortes. Uma é simplesmente deixá-las estáveis em relação à inflação", disse uma das fontes ligadas ao governo espanhol.
Uma segunda fonte disse que a mudança na idade de aposentadoria é apoiada pelo governo, enquanto uma terceira fonte, que discutiu o assunto com autoridades seniores espanholas, disse que o congelamento é esperado.
Ajuda - O momento de qualquer pedido de ajuda europeia está nas mãos de Rajoy. Alguns especialistas sugerem que ele pode tomar tal ação juntamente com o pacote orçamentário, visando amenizar a revisão de crédito que a agência de classificação Moody's vai fazer no final de setembro, que pode rebaixar a dívida espanhola.
No entanto, em Bruxelas, autoridades da UE próximas à discussão disseram não esperam que Madri procure um programa de assistência antes das eleições regionais de 21 de outubro. Isso significaria que a Espanha terá de seguir em frente com o refinanciamento de 27,5 bilhões de euros no final de outubro sem o fundo de resgate da zona do euro ou a compra de títulos pelo Banco Central Europeu (BCE).

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