Grupo Amigos da Síria discute maneiras para isolar governo de Assad
Líder da oposição, Ibrahim Miro compareceu disse que apenas sanções econômicas não derrubarão presidente
SCHEVENINGEN
- O grupo Amigos da Síria, uma coalizão que inclui os Estados Unidos, a União
Europeia e a Liga Árabe, se encontrou nesta quinta-feira, 20, para planejar
novas maneiras de isolar o governo do presidente sírio Bashar Assad. Um líder da
oposição síria, Ibrahim Miro, compareceu à reunião na Holanda e disse que apenas
as atuais sanções econômicas não derrubarão Assad.
Veja também: Iraque
nega que Irã use seu espaço aéreo para entrega de armas à
Síria
Refugiados sírios protestam contra enviado internacional
O grupo foi formado em fevereiro deste ano após o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguir chegar a um acordo para uma resolução que condenasse a violência e a repressão à oposição síria. Rússia e China não concordaram com as medidas propostas.
Nesta quinta-feira, o grupo recebeu o auxílio de especialistas financeiros em Scheveningen, subúrbio costeiro de Haia, para ajudar os países a compreenderem como o regime sírio sobrevive com as atuais sanções econômicas ao país, que incluem embargos ao petróleo e à venda de armas. Cerca de outros 20 países se juntaram ao grupo Amigos da Síria, formado por 60 países, que tem como objetivo bloquear as transações financeiras do governo sírio e impedir que os líderes façam viagens ao exterior.
Refugiados sírios protestam contra enviado internacional
George Ourfalian/Reuters
Forças leais ao presidente Assad em
Alepo
O grupo foi formado em fevereiro deste ano após o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguir chegar a um acordo para uma resolução que condenasse a violência e a repressão à oposição síria. Rússia e China não concordaram com as medidas propostas.
Nesta quinta-feira, o grupo recebeu o auxílio de especialistas financeiros em Scheveningen, subúrbio costeiro de Haia, para ajudar os países a compreenderem como o regime sírio sobrevive com as atuais sanções econômicas ao país, que incluem embargos ao petróleo e à venda de armas. Cerca de outros 20 países se juntaram ao grupo Amigos da Síria, formado por 60 países, que tem como objetivo bloquear as transações financeiras do governo sírio e impedir que os líderes façam viagens ao exterior.
O
político opositor sírio Ibrahim Miro, membro do Conselho de Governo da Síria,
que reúne vários grupos da insurgência, disse que apenas as sanções econômicas
atuais não derrubarão Assad. Ele espera que um embargo econômico ainda maior,
aliado ao aumento dos ataques do Exército Sírio Livre (ELS), leve ao "ataque
cardíaco econômico e militar do governo" de Assad.
Miro
disse que o comércio da Síria com o Iraque e o Irã continua a ser um entrave ao
colapso do regime de Damasco. Além disso, Assad ainda continua a realizar
operações financeiras na Rússia, Irã, Iraque, Líbano e Venezuela, disse Abdo
Hussameldin, ex-funcionário do Ministério do Petróleo da Síria.
O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Uri Rosenthal, disse que as sanções estão funcionando apesar da não participação de Rússia, China e Irã. "As sanções econômicas têm efeitos. A UE comprava 90% do petróleo sírio e ficou difícil para Assad vender o petróleo em outros lugares", disse Rosenthal.
Ativistas estimam que mais de 23 mil pessoas foram mortas desde que começou a revolta contra Assad em março de 2011 e 1,5 milhão de sírios foram deslocados dentro do país. Pelo menos 250 mil fugiram e estão registrados como refugiados nos países vizinhos, segundo a ONU.
O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Uri Rosenthal, disse que as sanções estão funcionando apesar da não participação de Rússia, China e Irã. "As sanções econômicas têm efeitos. A UE comprava 90% do petróleo sírio e ficou difícil para Assad vender o petróleo em outros lugares", disse Rosenthal.
Ativistas estimam que mais de 23 mil pessoas foram mortas desde que começou a revolta contra Assad em março de 2011 e 1,5 milhão de sírios foram deslocados dentro do país. Pelo menos 250 mil fugiram e estão registrados como refugiados nos países vizinhos, segundo a ONU.
Ataque
aéreo
Pelo menos 54 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas quando um ataque
aéreo atingiu, nesta quinta-feira, um depósito de combustível na Província de
Al-Raqqa, norte da Síria. Segundo o grupo oposicionista Observatório Sírio para
os Direitos Humanos, um ativista na região disse que há mais de 110 vítimas,
entre mortos e feridos.
Comentários
Postar um comentário