Ministro da Defesa de Israel propõe retirada da Cisjordânia
Ehud Barak considera necessário 'passos concretos' para viabilizar o processo de paz com a Palestina
TEl-AVIV - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, propôs nesta
segunda-feira, 24, que Israel faça uma retirada militar "unilateral" da
Cisjordânia se as negociações de paz com os palestinos permanecerem em impasse,
afirmando serem necessários "passos concretos" para ressurgir o processo de paz.
Em Israel, o assunto ficou em segundo plano, já que o foco está no programa
nuclear iraniano.
É improvável que a proposta de Barak seja implementada, pelo menos a curto prazo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não tem mostrado nenhum interesse em concessões e sua coalizão de governo é comandada pela linha-dura. O escritório do premiê não quis comentar as declarações de Barak.
Atualmente, cerca de 2,5 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia. O território foi ocupado na Guerra dos Seis Dias em 1967, bem como Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. Em 2005, Israel realizou uma retirada unilateral da Faixa de Gaza.
Os israelenses que defendem a retirada citam os números e o fator demográfico como um motivo para deixar o território palestino. Até mesmo Netanyahu, que é do partido Likud (direita e nacionalista) levantou preocupações com a questão demográfica, mas, na prática, tem apoiado a construção e expansão dos assentamentos.
"Chegou a hora de tomarmos decisões não apenas na ideologia ou nos sentimentos, mas a partir de uma leitura fria da realidade", afirmou Barak. Ele defende que Israel não se retire unilateralmente de toda a Cisjordânia, mas mantenha "bolsões" de assentamentos com população mais adensada e ao lado de Israel como parte do território israelense. Barak também disse que Israel precisará manter alguma presença militar na fronteira com a Jordânia, mesmo após uma eventual retirada da Cisjordânia.
Minstro de Israel propõe retirada da
Cisjordânia
Veja também: Israel
e Palestina discutem desenvolver gás natural na costa de
Gaza
Palestinos querem reconhecimento como 'Estado observador' na ONU
Em entrevista ao diário Israel Hayom, Barak disse que o impasse com
palestinos não poderá ser sustentado indefinidamente. "É melhor chegar a um
acordo com os palestinos, mas se isso não acontecer, nós precisaremos tomar
passos concretos para começar uma separação", ele disse. "Isso nos ajudará não
apenas a lidarmos com os palestinos mas também com os outros países na região,
com os europeus, com os Estados Unidos."Palestinos querem reconhecimento como 'Estado observador' na ONU
É improvável que a proposta de Barak seja implementada, pelo menos a curto prazo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não tem mostrado nenhum interesse em concessões e sua coalizão de governo é comandada pela linha-dura. O escritório do premiê não quis comentar as declarações de Barak.
Atualmente, cerca de 2,5 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia. O território foi ocupado na Guerra dos Seis Dias em 1967, bem como Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. Em 2005, Israel realizou uma retirada unilateral da Faixa de Gaza.
Os israelenses que defendem a retirada citam os números e o fator demográfico como um motivo para deixar o território palestino. Até mesmo Netanyahu, que é do partido Likud (direita e nacionalista) levantou preocupações com a questão demográfica, mas, na prática, tem apoiado a construção e expansão dos assentamentos.
"Chegou a hora de tomarmos decisões não apenas na ideologia ou nos sentimentos, mas a partir de uma leitura fria da realidade", afirmou Barak. Ele defende que Israel não se retire unilateralmente de toda a Cisjordânia, mas mantenha "bolsões" de assentamentos com população mais adensada e ao lado de Israel como parte do território israelense. Barak também disse que Israel precisará manter alguma presença militar na fronteira com a Jordânia, mesmo após uma eventual retirada da Cisjordânia.
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