Explosões atingem sede do Estado-Maior sírio
Prédio abriga um dos principais quartéis das Forças Armadas de Bashar Assad
Coluna de fumaça vista no céu de Damasco após as explosões
Leia mais: 'Calamidade na Síria ameaça paz mundial', diz Ban Ki-moon
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
Após as explosões, um incêndio atingiu pelo menos dois andares do edifício. Segundo uma declaração inicial do ministro da Informação sírio, Omran Zoabi, o atentado havia causado "apenas danos materiais", mas o governo afirmou horas depois do incidente que vários militares ficaram feridos, porém nenhum de alto escalão.
A informação oficial contradiz o ELS, que afirmou no comunicado no qual assumiu a autoria dos ataques que "dezenas" de pessoas morreram na ação – não há, por enquanto, nenhum óbito confirmado.
A região do ataque, no coração de Damaso, possui diversos prédios do governo. Testemunhas afirmaram que as bombas explodiram causando um som muito alto, ouvido em toda a cidade. Instantes depois, uma coluna de fumaça podia ser vista no céu da capital.
Impasse – O ataque desta quarta-feira ocorre em meio ao impasse em que se converteu a guerra civil na Síria. O conflito entre forças fiéis a Assad e os rebeldes que querem depor o ditador já dura mais de um ano e meio, sem nenhuma saída – diplomática ou bélica – visível a curto prazo.
Nesta terça-feira, durante a abertura da 67ª Assembleia Geral da ONU em Nova York, o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, afirmou que a guerra na Síria é uma "calamidade regional com ramificações globais", que ameaça a paz mundial e exige medidas do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Desde março de 2011, quando começaram os primeiros protestos contra o regime, 27.000 pessoas morreram, de acordo com estimativas da oposição. Além disso, 2,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária e mais de 250.000 se refugiaram nos países vizinhos, segundo as Nações Unidas.
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