Pular para o conteúdo principal

Em 4 anos, EUA derramam um PIB brasileiro no mercado

Até janeiro, programas de compra de ativos terão atingido US$ 2,5 trilhões

Texto atualizado às 19h42
Os recursos que os Estados Unidos vêm colocando no mercado desde o final de 2008 para combater a crise, por meio da criação de dinheiro, devem somar US$ 2,5 trilhões até janeiro.
Na primeira rodada do programa que ficou conhecido como "quantitative easing" (QE), em que o Federal Reserve imprime dinheiro para estimular a economia, foi criado US$ 1,75 trilhão entre novembro de 2008 e março de 2009. Na segunda etapa, apelidada de QE2, mais US$ 600 bilhões foram colocados na economia de novembro de 2010 a junho de 2011.
Na semana passada, o Fed anunciou que fará emissão mensal de US$ 40 bilhões, por prazo indeterminado. Se durar apenas quatro meses, o total de dinheiro impresso nos programas de afrouxamento quantitativo atingirá a soma de US$ 2,5 trilhões. Em 2011, o PIB (produto interno bruto) do Brasil somou US$ 2,49 trilhões, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mais uma vez criticou a medida e ameaçou aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para evitar uma elevação muito forte da entrada de dólares no Brasil.
Na semana encerrada no dia 12, um dia antes de o Fed anunciar o QE3, o saldo da entrada de dólares em fundos de ações voltados para países emergentes ficou em US$ 447 milhões; Na semana seguinte, passou para US$ 4,3 bilhões, segundo informações da EPFR Global divulgadas na Agência Estado.
Ajuste
Se por um lado a crise levou os Estados Unidos e o Reino Unido, históricos defensores do livre mercado, a recorrem à impressão de dinheiro, o que representa uma forte intervenção do Estado na economia, por outro obrigou os países da Europa Latina e a Grécia, conhecidos por defenderem gastos públicos como um pilar importante do desenvolvimento, a implementar - ainda que a contragosto - enormes programas de ajuste fiscal.
A França, sob o socialista François Hollande, anunciou no dia 10 um plano para cortar 30 bilhões de euros do déficit do orçamento em um ano, por meio de contenção de gastos estatais e aumento de impostos. Na Espanha, os números mais recentes davam conta de que o ajuste fiscal somaria 56 bilhões de euros.
A Grécia está enfrentando o ajuste fiscal mais duro, uma vez que o déficit das suas contas públicas (diferença entre receitas e despesas do Estado) chegou a atingir a elevada taxa de 15,6% do PIB em 2009. Em 2011, baixou para 9,2%, proporção ainda considerada alta.
Nos EUA, democratas e republicanos ainda não chegaram a um acordo sobre o ajuste fiscal. O rombo nas contas públicas do país chegou a 13% em 2009 e baixou para 9,6% em 2011. No Reino Unido, o indicador recuou de 10,4% para 8,7% no período.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...