Pular para o conteúdo principal

Brasil ajudará Haiti a refazer suas forças de Defesa


Governo anunciou que enviará uma comissão militar ao país nas próximas semanas

BRASÍLIA - O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira, 26, que cooperará com o Haiti no projeto de restabelecimento das forças de Defesa do país caribenho, objetivo para o qual enviará uma comissão militar nas próximas semanas. A decisão foi adotada durante uma reunião realizada em Brasília entre o ministro da Defesa, Celso Amorim, e seu colega haitiano, Jean Rodolphe Joazile, segundo um comunicado oficial.
Celso Amorim diz que comissão militar vai para o Haiti - Dida Sampaio/AE
 
Celso Amorim diz que comissão militar vai para o Haiti
"Demos hoje um primeiro passo a pedido do governo do Haiti e mandaremos ao país uma pequena missão que não tem nada a ver com a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti)", disse Amorim. O ministro acrescentou que a comissão se concentrará em analisar as necessidades do Haiti e terá o objetivo de determinar "o diagnóstico" sobre como deve ser desenvolvida a ajuda, especialmente na área de engenharia militar.
"É importante sinalizar o fato de que no futuro o Haiti terá que tomar conta de sua própria segurança", completou Amorim. Dessa forma, a ajuda se centraria, em um primeiro momento, em temas de engenharia e foi analisada a possibilidade de se abrir vagas para haitianos nas escolas militares brasileiras do ramo.
Amorim acrescentou que o eventual apoio na estruturação de novas forças de Defesa será desenvolvido no âmbito da cooperação bilateral existente. O ministro haitiano destacou o compromisso do governo de seu país para que as forças de segurança se submetam a princípios democráticos e ao poder civil.
Durante o encontro, ambos os ministros revisaram a permanência das tropas brasileiras desdobradas na Minustah, presente no país desde 2004. Amorim reiterou o compromisso brasileiro de continuar colaborando com a missão da ONU, ao mesmo tempo em que destacou a intenção de reduzir para cerca de mil uniformizados o atual contingente. "Evidentemente estaremos no país o tempo que for necessário. No entanto, não é bom nem para o Brasil, nem para a ONU nem para o Haiti que seja uma permanência eterna", comentou.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.