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Economia americana cresce 1,5% no 2º trimestre

Resultado é superior ao esperado por analistas, mas mostra que a expansão do PIB americano está em desaceleração junto com o mundo

Loja da Sears, nos EUA
Loja da Sears, nos EUA. FED acredita que PIB dos EUA deve ter alta entre 1,9% e 2,4% neste ano                                     
A economia dos Estados Unidos teve alta anual de 1,5% no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados preliminares divulgados nesta sexta-feira pelo Escritório de Análise Econômica do país. O resultado representa uma desaceleração em relação ao resultado dos primeiros três meses do ano, quando o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 2%, no dado revisado. O ritmo de crescimento de compras dos consumidores e de investimentos de empresas diminuiu no período, devido à própria desaceleração mundial e a alta do dólar em relação a outras moedas.
Mesmo assim, o número veio acima de analistas ouvidos pelo jornal americano The New York Times, que projetavam em alta de 1,4%. Dentre as contribuições para alta está a expansão do consumo, das exportações, investimento fixo não residencial ( que inclui gastos das empresas em estruturas ou equipamentos) e estoque privado de investimento. Do lado negativo, os gastos do governo aumentaram no segundo trimestre.
O Departamento de Comércio também revisou para cima o crescimento do PIB no primeiro trimestre, que passou de 1,9% a 2% e o do último trimestre de 2011 (de 3% a 4,1%). O PIB americano cresce há 12 trimestre consecutivos. A segunda estimativa do PIB do segundo trimestre será divulgada no dia 29 de agosto.
Leia mais: “Brasil vai crescer menos do que os EUA”, diz Forbes
Vendas ao varejo em queda em junho nos EUA
Indicadores - Dentre os combustíveis para a alta apresentada nesta sexta-feira estão os gastos pessoais, que subiram 1,5% no segundo trimestre, além dos investimentos fixos não-residenciais, que cresceram em 5,3%. Ambos os indicadores são menores do que no primeiro trimestre, quando ficarem em +2,4% (gastos pessoais) e +7,5% (investimentos).
Já as exportações aumentaram pelo terceiro trimestre consecutivo, ao crescer 5,3% entre abril e junho, enquanto as importações aumentaram 6% no período. Enquanto isso, os gastos do governo marcaram uma contribuição negativa de 0,28 ponto percentual do PIB.
Desaceleração - No último dia 17, o presidente do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve, o Fed), Ben Bernanke, afirmou que os dados sobre a economia do país têm sido decepcionantes e que a redução do número de desempregados, bem como a recuperação da atividade, deve ser "frustrantemente" lenta.
Em discurso no Congresso americano, Bernake fez uma avaliação sombria das perspectivas para a economia mais importante do mundo, prevendo um desempenho lento para este ano e também para o próximo, além de um futuro cheio de armadilhas tanto para os EUA como para a Europa. "Dado que o crescimento é projetado para ficar em um nível que absorva as novas levas da força de trabalho, a redução dos níveis de desemprego tem sido frustrantemente lenta", afirmou em seu discurso semestral.
Segundo o presidente do Fed, membros de sua equipe preveem que a expansão do PIB deva ficar entre 1,9% e 2,4% neste ano – estimativas piores que as de janeiro.

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