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Obama defende restrições na venda de armas nos EUA

Presidente critica a oposição e Associação Nacional de Rifles por lobby

Em Nova Orleans, Barack Obama defendeu menos facilidade para comprar armas nos EUA
Em Nova Orleans, Barack Obama defendeu menos facilidade para comprar armas nos EUA 
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta quarta-feira "continuar trabalhando" com o Congresso a fim de aprovar leis mais rigorosas para a concessão de licenças e a venda de armas no país. Cinco dias após o massacre no cinema no Colorado, que matou 12 pessoas durante uma sessão do filme Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o democrata afirmou que é preciso chegar a um "consenso em torno da redução da violência" envolvendo as armas de fogo.
Discursando em Nova Orleans, Obama criticou indiretamente a oposição republicana e a Associação Nacional de Rifles, organização que lidera o lobby em defesa do direito às armas. "Quando ocorre uma tragédia tão horrível como esta que vimos, nem sempre se passa à ação. Falamos de novas reformas e novas leis. Mas, muitas vezes, estes esforços fracassam devido à política e aos grupos de pressão".
Leia também: Saiba quem são as 12 vítimas de ataque no Colorado
O presidente destacou que não rejeita a segunda emenda à Constituição americana, que garante o direito à posse de armas nos Estados Unidos. No entanto, pediu mais controle no acesso de armamentos pesados. "Penso que devemos reconhecer as tradições dos proprietários de armas, que são passadas de geração para geração. A caça e o tiro esportivo fazem parte da herança nacional, mas também penso que muitos proprietários de armas concordam que os (fuzis) AK-47 devem ficar nas mãos dos soldados e não dos criminosos", declarou o democrata. "São armas de campo de batalha e não para nossas ruas e cidades".
James Holmes, o acusado do massacre do cinema no Colorado, utilizou um fuzil AR-15, uma escopeta Remington e duas pistolas Glock – armas compradas legalmente via internet junto com 6.000 balas nos dois meses anteriores à tragédia.
Eleições – A questão do comércio e do porte de armas nos Estados Unidos é um tema delicado para o democrata antes das eleições presidenciais de novembro, já que em vários estados-chave, como Ohio, Pensilvânia e Virginia, a população é amplamente favorável ao direito de portar armas de fogo. Nos dias seguintes do crime no Colorado, Obama foi criticado por ter se mantido em silêncio a respeito do tema. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, afirmou que ele "passou os últimos três anos tentando evitar a questão" e que se o presidente a enfrenta, "não conhece ninguém que o viu fazendo isso".
Na última segunda-feira, o repubicano Mitt Romney, adversário de Obama na corrida eleitoral, preferiu se comprometer com a perseguição a potenciais criminosos do que com a redução do acesso às armas em geral. "O que quero fazer é encontrar as pessoas que representam perigo para os EUA e evitar que elas tenham capacidade de usar ou comprar coisas que possam machucar outras pessoas", explicou Romney.
Nesta quarta, Obama apelou para a questão não ser esquecida. "Não deveríamos deixar nenhuma pedra por mover nesse assunto, e deveríamos reconhecer que não temos missão maior enquanto país do que manter nossos jovens a salvo", declarou o presidente. Mas ele também ressaltou que dificilmente o governo pode evitar tragédias como a do Colorado: "Devemos entender que quando uma criança abre fogo contra outras crianças, existe um buraco no coração dela que nenhum governo pode preencher".

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