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Fitch mantém rating do Brasil e alerta para necessidade de reformas

Segundo agência, o balanço patrimonial externo, o sistema bancário capitalizado e as políticas econômicas garantem posição sólida do país

Presidente Dilma Rousseff reuniu todo o seu ministério no Palácio do Planalto
Dilma e seus ministros: agência destaca necessidade de reformas a serem feitas pelo governo (Roberto Stuckert Filho
A agência de classificação de risco Fitch reafirmou na quinta-feira os ratings de longo prazo em moeda local e estrangeira do Brasil em BBB, com perspectiva estável. O 'teto país' foi mantido em BBB+. As notas para dívida de curto prazo permaneceram em F2.
Em comunicado, a Fitch afirma que a classificação de risco do Brasil leva em conta as fortes métricas do balanço patrimonial externo, o sistema bancário bem capitalizado e o consenso sobre o principal guia das políticas econômicas. Em contrapartida, pesam fatores como a fragilidade estrutural das contas públicas, a dívida relativamente alta do governo, os baixos níveis de investimento e o ritmo lento das reformas.
"A taxa de câmbio flexível do Brasil, os déficits moderados em conta corrente, a forte entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED) e o nível robusto das reservas internacionais, de mais de 370 bilhões de dólares, fortalecem a capacidade de absorção de choques do país", diz a agência.
Ela também cita a forte posição de credor externo líquido do país. "A Fitch espera que os fundamentos do rating do Brasil continuem resilientes a ameaças dos elevados riscos externos e ao potencial impacto desfavorável nas dinâmicas de crescimento do país."
A Fitch aponta que a economia brasileira perdeu ímpeto considerável nos últimos meses e que essa desaceleração provou-se mais profunda e prolongada do que o anteriormente previsto. Entretanto, acredita que o crescimento deve se acelerar para 4,5% em 2013, de 2,5% em 2012, impulsionado pelos estímulos monetários, entre outros fatores. Mas ainda existem riscos de baixa oriundos do cenário macroeconômico global desafiador e das incertezas sobre a efetividade das políticas monetárias e outras ações de estímulo.
"Embora elementos cíclicos sejam em parte responsáveis, a Fitch acredita que a prolongada desaceleração e a frágil recuperação econômica destacam a necessidade de novas reformas para melhorar a competitividade e incentivar os investimentos. A taxa de investimento do Brasil, de menos de 20%, é inferior à mediana dos países com rating BBB e dos outros membros do grupo Bric (que além do Brasil conta com Rússia, Índia e China). O sistema tributário pesado e complexo e a frágil infraestrutura revelam algumas das fraquezas no ambiente de negócios do país", diz o relatório.

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