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Damasco rejeita proposta árabe de saída de Assad do poder

A Síria rejeitou nesta segunda-feira (23) a proposta da Liga Árabe de uma saída negociada do poder do presidente Bashar al-Assad.

A crise na Síria em fotos

Foto 5 de 200 - 23.jul.2012 - Imagem de vídeo mostra o general da Academia de Engenharia Militar Abdul-Nasser Farzat (centro) no momento do anúncio de sua deserção para o Exército Sírio Livre em Aleppo, na Síria. Em seu discurso, ele disse: "Eu entro para o exército de heróis que está defendendo a nação" AP
"Lamentamos que a Liga Árabe tenha se rebaixado a este nível perante um país membro desta instituição. A decisão pertence ao povo sírio, que é o único dono de seu destino", afirmou em Damasco o porta-voz da chancelaria, Jihad Makdesi.


"Se as nações árabes que se encontraram em Doha fossem honestas sobre sua vontade de parar com o banho de sangue, elas teriam parado de fornecer armas... elas parariam de instigar e fazer propaganda", disse. "Todos os seus comunicados são hipócritas".

A Liga Árabe convocou nesta segunda-feira (23) Assad a deixar o poder para acabar com os confrontos que atingem todo o país.

"Há um acordo sobre a necessidade de uma renúncia rápida do presidente Bashar al-Assad", afirmou o primeiro-ministro do Qatar, sheik Hamad bin Khalifa Al-Thani, à imprensa no fim de uma reunião ministerial em Doha.

A Liga Árabe também convocou o rebelde Exército Sírio Livre a formar um governo de transição de unidade nacional.

"Convocamos a oposição e o Exército Sírio Livre a formar um governo de unidade nacional", disse Al-Thani ao fornecer os resultados do encontro da Liga Árabe.

Ele pediu que Assad tome a decisão "corajosa" com o objetivo de salvar seu país, onde fortes combates continuam sendo travados entre tropas do governo e rebeldes.

A crise

Os conflitos armados na Síria já duram 16 meses e mataram pelo menos 17 mil pessoas. Desde março de 2011, opositores do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, tentam tomar o poder. A oposição a Assad reivindica sua renúncia, mais liberdade política e de expressão no país. Assad reage utilizando as Forças Armadas. A imprensa estrangeira tem dificuldades de acesso ao país.
As organizações não governamentais informam que a Síria vive um clima de guerra. O número de refugiados aumenta diariamente. A Cruz Vermelha Internacional teme o agravamento da situação.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país, Jihad Makdissi, disse nesta segunda-feira (23) que a Síria só usará suas armas químicas se tiver de enfrentar "agressão externa", e nunca as utilizará contra civis .

"A Síria nunca usará (armas químicas) contra sírios, não importa o que aconteça", disse Makdissi em entrevista à imprensa transmitida pela televisão estatal.
O porta-voz afirmou que as armas estão sendo protegidas pelo Exército sírio e acrescentou que a segurança em Damasco está melhorando.

UE amplia sanções

A União Europeia (UE) decidiu nesta segunda-feira (23) reforçar suas sanções contra o poder na Síria e o controle do embargo à venda de armas para acentuar a pressão contra o regime de Bashar al-Assad, anunciou à AFP uma fonte diplomática.
No início de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas foi alcançado um acordo para acrescentar 26 pessoas e três novas entidades à lista negra da UE e para fortalecer o embargo sobre as armas mediante controles reforçados, segundo a fonte.
O acordo ainda deve ser oficialmente ratificado pelos ministros.
"Vamos proibir a companhia aérea síria de aterrissar na Europa e vamos inscrever outras pessoas na lista de sanções", indicou o ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn.
"O que ocorre na Síria é terrível", afirmou a representante da diplomacia da UE, Catherine Ashton. "A UE deve continuar com suas sanções, que são uma parte importante da pressão", explicou.
Jean Asselborn, por sua vez, declarou-se contrário a entregar armas à oposição. "Sou contra isto, já que vai prolongar o conflito", declarou.
"Uma intervenção militar (estrangeira) não é possível porque daria vantagem a Bashar al-Assad, que pode atacar, mas espero que isto não dure muito tempo", prosseguiu o chefe da diplomacia de Luxemburgo.
"O regime vai cair, não sabemos quando, mas devemos nos preparar para depois", declarou seu homólogo sueco Carl Bildt.

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