Eurozona autoriza ajuda aos bancos espanhóis
Na quinta-feira, o parlamento alemão aprovou a contribuição de 30 bilhões de euros do país para a ajuda à Espanha, de até 100 bilhões de euros
Oficial na entrada da embaixada da União Européia em Pequim, China
Na quinta-feira, o parlamento alemão aprovou a contribuição do país para a ajuda à Espanha. A Alemanha disponibilizará cerca de 30 bilhões de euros para a recapitalização do sistema bancário espanhol. A moção foi aprovada por 473 votos a favor, procedentes da bancada governista e da oposição social-democrata e verde. Apenas 97 parlamentares, em sua maioria de esquerda, se manifestaram contra, assim como alguns deputados rebeldes da coalizão da chanceler alemã, Angela Merkel, e outros 13 se abstiveram.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, afirmou que a piora da crise na Espanha representa um "grave risco de contágio" para os demais países da UE e um perigo para a "estabilidade da zona do euro" em seu conjunto. Para Schäuble, as reformas estruturais implementadas nos últimos meses na Espanha, e as previstas para os próximos, sendo corretas e necessárias, não serão suficientes para combater a crise se não for solucionado também o problema bancário.
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Nesta sexta-feira foi o parlamento finlandês que votou a proposta de ajudar a Espanha, por 109 votos a favor e 73 contra. O "sim" finlandês foi possível após o acordo bilateral que estabelece que a Espanha dará uma garantia máxima à Finlândia de até 769,92 milhões de euros. Como contrapartida, a Finlândia renuncia aos juros que lhe corresponderiam por sua contribuição ao empréstimo.
Condições - A reunião desta sexta-feira terminou com a proposta de que a ajuda será procedente inicialmente do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e depois do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), que o substituirá, e será entregue ao FROB, o fundo público espanhol para ajudar os bancos em dificuldades.
A quantidade exata que os bancos necessitarão será divulgada depois da conclusão de uma auditoria prevista para depois de setembro. A Espanha pediu até 100 bilhões de euros para seus bancos. Consultorias estimam que ajuda necessária está entre 16 a 62 bilhões de euros.
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