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Presidente da Petrobras pede adiamento de votação sobre mudança no regime de partilha

Requerimento de urgência apresentado à Câmara pode fazer com que projeto de lei do deputado Mendonça Filho seja votado na terça

Presidente da Petrobras Aldemir Bendine fala durante coletiva de imprensa na sede da estatal, no Rio de Janeiro - 29/06/2015
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine(AFP)
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, encontrou-se com líderes da base aliada nesta segunda-feira para pedir a rejeição do requerimento de urgência do projeto de lei que muda as regras do regime de partilha. O modelo criado no primeiro governo Dilma obriga a Petrobras a arcar com pesados investimentos em todos os campos do pré-sal ao mesmo tempo em que a torna sócia de todos eles. O projeto é de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE) e visa a reduzir o fardo de investimentos da estatal. Para o governo, a mudança não é interessante porque, como acionista principal da estatal, cabe a ele receber os ganhos com a exploração.
Segundo Bendine, o momento atual do setor não é propício para mudanças na legislação do pré-sal. "Não é ideal abrir esse debate neste momento do mercado. Entendemos que faz parte da dinâmica do Congresso conceber o melhor modelo para o país. Mas o momento não é oportuno", disse o empresário a jornalistas, após a conversa com os líderes.O requerimento de urgência está na pauta desta terça-feira para que o projeto possa ser votado diretamente no plenário, sem ter de passar por comissões. Mas Bendine argumenta que o debate sobre o tema não deve ser feito num momento de grave crise econômica no país e de corte de custos pela Petrobras.
O deputado Mendonça Filho defende o modelo de concessão, em que qualquer consórcio pode disputar o direito de explorar os campos em leilão, por um período pré-definido.
Depois do encontro, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que os deputados da base aliada concordaram com o adiamento da votação. "Nós nos convencemos da necessidade de deixar esse debate sobre o modelo mais para frente. O momento exige muita cautela. Houve essa compreensão por parte dos líderes da base. Vamos dialogar com os demais, inclusive da oposição", disse Guimarães.
 

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