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Alvo de inquérito no STF, Júlio Delgado volta a negar envolvimento com petrolão

Deputado afirma que não recebeu dinheiro da UTC para sua campanha no ano passado. O nome dele aparece na delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empresa

Deputado Júlio Delgado PSB/MG
Citado na Operação Lava-Jato, o deputado mineiro Júlio Delgado (PSB) será investigado pelo Supremo.
O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG), citado pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, como um dos destinatários de repasses feitos pela empresa, voltou a negar na noite desta sexta-feira qualquer envolvimento no petrolão, depois que o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito contra o parlamentar.
Leia mais:
STF abre inquérito contra Júlio Delgado para investigar repasse de dinheiro da UTC
Em depoimento aos investigadores da Operação Lava Jato, Pessoa disse que repassou 150.000 reais para a conta do PSB de Minas Gerais após uma reunião realizada em 22 de julho de 2014, em São Paulo. O deputado afirma que o dinheiro foi uma doação para 16 candidatos a deputado estadual e federal do PSB e as transferências foram declaradas à Justiça eleitoral.
"Não recebi qualquer recurso do Grupo UTC para a minha campanha eleitoral", declarou Júlio Delgado por meio de nota, na qual ele afirma ainda desconhecer a existência de qualquer investigação aberta pelo Supremo.
O nome do deputado entre os destinatários de dinheiro da UTC foi revelado por VEJA. Pessoa fez um acordo de delação premiada e afirmou aos investigadores da Lava Jato que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de 18 políticos, entre os quais as despesas da campanha à reeleição da petista Dilma Rousseff e o próprio Delgado.
Na terça-feira passada, o deputado questionou Ricardo Pessoa durante o depoimento do dono da UTC à CPI da Petrobras, chamando as informações prestadas pelo empreiteiro durante a delação de "infundadas". Sob orientação de seus advogados, Pessoa permaneceu calado.
Na mesma reunião da CPI, Delgado anunciou que se afastaria da comissão. "Sempre defendi que todo e qualquer homem público deve se afastar para que as investigações ocorram com lisura, isenção e transparência", declarou na nota desta sexta. "Tenho a consciência tranquila da total legalidade e da licitude dos meus atos. Quem nada deve, nada teme", completou.

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