PF prende um dos donos da Engevix na 19ª fase da Lava Jato
Agentes cumprem onze mandados em três estados. Ação mira propinas que teriam sido pagas envolvendo a diretoria internacional da Petrobras
Na semana passada o juiz Sergio Moro já havia transformado o executivo em réu após indícios de que ele atuou no esquema de pagamento de propina ao grupo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O nome de Sobrinho também apareceu na fase da Lava Jato que chegou ao setor elétrico e descobriu o pagamento de propinas ao vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da estatal Eletronuclear. Apenas no propinoduto envolvendo o setor elétrico, o executivo da Engevix é suspeito de ter desembolsado até 140 milhões de reais em dinheiro sujo entre 2011 e 2013, por meio da empresa Aratec, de Pinheiro da Silva.
Segundo a PF, uma das empresas sediadas no Brasil e alvo da operação teria recebido cerca de 20 milhões de reais em propina entre 2007 e 2013 de empreiteiras já investigadas na operação para fraudar contratos com a Petrobras e favorecer os corruptores. A nova fase também pode ampliar o desgaste político da base aliada ao governo porque coloca na mira dos investigadores pessoas ligadas ao PMDB que podem ter levado dinheiro sujo para o exterior e que intermediavam propina movimentada na diretoria da internacional da Petrobras, comandada por Jorge Zelada, executivo que já responde a processo na Lava Jato.
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